A Geleira Matusevich flui através da Costa Leste da Antártica empurrando assim um canal localizado entre as Montanhas Lazarev e a porção noroeste das Colinas Wilson. Restringida pelas rochas ao redor, o rio de gelo se mantém unido. Mais esforços resultantes do movimento da geleira criam rachaduras profundas no gelo. Após passar pelo canal a geleira tem espaço para se espalhar à medida que flutua no oceano. Com a área expandida e sendo castigada pelas ondas do oceano, o gelo se quebra, o que acontece mais freqüentemente ao longo das fissuras já existentes.
Em 6 de Setembro de 2010, o instrumento Advanced Land Imager (ALI) a bordo do satélite Earth Observing-1 (EO-1) da NASA registrou essa imagem em cores naturais da margem da Geleira Matusevich. Nessa imagem, registrada aqui pouco depois dela passar pelo canal, a geleira está gerando grandes icebergs. A iluminação do Sol com um ângulo baixo incidia de norte no momento da imagem gerando enormes sombras na direção sul. Gelo rápido ancorado a praia envolve tanto a língua da geleira como os icebergs por ela eliminados. Em comparação à geleira e aos icebergs, o gelo rápido é mais fino com uma superfície mais suave. No mar aberto (porção esquerda da imagem) o mar congelado é mais fino e movimenta-se com os ventos e com as correntes.
A Geleira Matusevich não drena uma quantidade significante de gelo do continente Antártico, então o avanço da geleira e a sua retração perdem uma significância global. Como outras geleiras na Antártica, a Matusevich ajuda os glaciologistas a formar uma imagem completa da saúde glacial da Antártica e do volume da camada de gelo.
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