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O cometa interestelar 2I/Borisov, provavelmente se fragmentou e não teremos mais notícia dele.
Mas quando ele passava perto do Sol entre os meses de dezembro de 2019 e janeiro de 2020, os astrônomos conseguiram usar grandes observatórios para observar detalhes importantes do nosso visitante das estrelas.
O Borisov de acordo com as melhores medidas é um cometa relativamente pequeno, ele tem 980 metros de diâmetro.
No sistema solar, os cometas servem para contar um pouco da história do nosso sistema.
Eles provavelmente se formaram perto do Sol, no início de toda a história, mas devido aos movimentos de migração dos planetas gigantes como Júpiter e Saturno eles acabam residindo em locais distantes do Sol, como o cinturão de Kuiper e a Nuvem de Oort.
É como numa construção, você tá ali usando a areia, a pedra e a água, e depois que a casa fica pronta, essas partes importantes, que serviram para construir a casa, ficam longe, no quintal, esperando serem removidas.
Assim, a visita de um cometa interestelar é a chance de se conhecer um pouco sobre um outro sistema estelar.
Os astrônomos usaram o Hubble e o ALMA para observar o Borisov e tentar entender a sua composição química.
Com o Hubble, observando o cometa no ultravioleta, foi possível determinar uma grande quantidade de monóxido de carbono na coma do cometa.
Isso já faz o Borisov ser diferente dos cometas no Sistema Solar, que não possuem essa alta concentração de monóxido de carbono.
Isso indica que o Borisov possa ter se originado numa estrela do tipo anã vermelha que possui as características de temperatura e luminosidade para formar um cometa com a composição identificada no Borisov.
Com os dados do ALMA, os pesquisadores já sugerem que o cometa seja um fragmento de um planeta anão que tinha muito monóxido de carbono na sua superfície.
Esse objeto pode ter colidido com outro, e então um fragmento rico em monóxido de carbono foi ejetado no espaço.
Mas outra ideia é que o Borisov possa ser simplesmente um cometa, com uma alta concentração de monóxido de carbono e que foi ejetado do seu sistema quando planetas gigantes estavam fazendo o movimento de migração.
E essa é a ideia mais provável que o Borisov é um cometa e que esse cometa foi colocado na nossa direção pela presença de um planeta gigante orbitando uma estrela anã vermelha em um ambiente rico em monóxido de carbono congelado.
Não importa o que ele seja, os astrônomos tiveram a chance de estudar um objeto totalmente diferente, com uma química distinta e uma origem bem interessante.
Nós não sabemos ainda de onde ele veio, e talvez nunca saibamos, mas o fato de um cometa ter sido expulso de um sistema, e vir direto parar no sistema solar é algo realmente incrível.
Agora é descobrir mais cometas e objetos interestelares para que se possa ter uma ideia boa da química, da composição e do comportamento desses objetos.
Fonte:
https://www.nasa.gov/feature/interstellar-comet-borisov-reveals-its-chemistry-and-possible-origins
#BORISOV #INTERSTELLARCOMET #SPACETODAY