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A ESCALADA DE VERÃO DO CURIOSITY EM MARTE | SPACE TODAY TV EP2262

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Vamos dar um tempo aqui hoje nas novas missões para Marte, mas vamos continuar falando do Planeta Vermelho.

Nunca podemos esquecer que temos um belo de um jipe robô lá em Marte atualmente, o Curiosity e que eles está fazendo um belo trabalho.

Depois de ter explorado parte do assoalho da Cratera Gale, o rover está agora subindo o Monte Sharp.

O Monte Sharp é uma montanha que tem cerca de 5 km de altura e que fica no centro da Cratera Gale.

Essa montanha é composta por camadas de rochas sedimentares que vão se empilhando com o passar do tempo, cada camada é como se fosse como a folha de um livro de história.

Cada camada ajuda a contar um pouco da história geológica e climática do planeta.

O rover já começou uma escalada e nessa perna ele deve percorrer cerca de 1.6 km de terreno.

A parada final dessa que está sendo chamada da escalada de verão do Curiosity será numa região muito importante, chamada de Unidade de Sulfatos.

Sulfatos são importantes para entendermos a história geológica e climática do planeta.

Mas nem tudo será muito tranquilo nessa viagem não, existe no caminho um campo de areia, que o rover tem que evitar para que não fique atolado.

Para quem não sabe, a velocidade de locomoção do Curiosity é de 25 a 100 metros por hora, dependendo do tipo de terreno onde ele está andando.

E o Curiosity não é totalmente autônomo, ele tem esse sistema, mas na maior parte do tempo ele precisa da intervenção do ser humano para poder andar sem problema pelo solo marciano.

Rumando agora para a Unidade de Sulfatos, o rover está deixando para trás outra unidade geológica muito importante, a unidade argilosa.

Essa unidade de argila, foi formada na presença de água e esse ambiente pode ter suportado vida microbiana em Marte.

Entre essas duas regiões existe um pequeno talude de erosão que marca uma importante transição climática em Marte, o Greenheugh Pediment.

Em algum momento da história da Cratera Gale, a água que preenchia esse enorme lago em Marte desapareceu, deixou sedimentos que erodiram formando a montanha que a gente vê hoje.

Esse talude de erosão se formou depois e por isso marca uma transição climática no planeta.

Quando o talude de erosão se formou, existia água novamente na Cratera Gale e isso é comprovado pois os cientistas encontraram encrustado nesse talude, rochas que se formam na presença de água além de estruturas parecidas com os blueberries encontrados pelo Opportunity, ou seja, outro tipo de rocha que se forma na presença de água.

Isso é interessante pois pode ter estendido um pouco o tempo pelo qual a Cratera Gale pode ter tido condições para ter vida.

Fonte:

https://www.nasa.gov/feature/jpl/curiosity20200706

#CURIOSITY #MARS #SPACETODAY

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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