fbpx

A Encantadora Magia da Criação das Estrelas

A vasta nebulosa NGC 604 está localizada na galáxia no Triângulo como mostra essa imagem do Telescópio Espacial Hubble. Apesar desse tipo de nebulosa ser comum nas galáxia, o que torna essa especial é o fato de ser relativamente próxima, 1500 anos-luz de distância e ser tão grande que pode ser facilmente observada por qualquer telescópio na Terra. No coração da NGC 604 estão localizadas mais de 200 estrelas quentes, muito mais massivas que o Sol.

As jovens estrelas aquecem as paredes gasosas da nebulosa causando a fluorescência. Sua luz também ilumina a forma tridimensional da nebulosa. Estudando a estrutura física da nebulosa gigante, os astrônomos podem determinar como os aglomerados de estrelas massivas afetam a evolução do meio interestelar da galáxia. A nebulosa também fornece pistas sobre o processo de explosão estelar quando uma galáxia experimenta um episódio imenso de formação de estrelas.

Nessa outra imagem, agora do Telescópio Espacial Spitzer da NASA, pode-se observar a M33, Galáxia do Triângulo, localizada a aproximadamente 2.9 milhões de anos-luz de distância na constelação do Triângulo. A galáxia faz parte do que conhecemos como Grupo Local de galáxias. Juntamente com a Via Láctea, esse grupo viaja através do universo unido pela força gravitacional.

A M33 é uma das poucas galáxias que se movem em direção da Via Láctea, apesar do fato que o espaço está se expandido, o que faz com que a maioria das galáxias fique cada vez mais distante à medida que o universo cresce.

As estrelas aparecem como gemas azuis brilhantes, enquanto que a poeira rica em moléculas orgânicas brilha na tonalidade verde. As áreas difusas nas cores laranja-vermelho indicam regiões de formação de estrelas, enquanto que pequenas manchas vermelhas fora do disco espiral da M33 são galáxias mais distantes localizadas no plano de fundo. Com a habilidade de detectar a poeira negra e fria, o Spitzer pode ver a emissão dos materiais mais frios além dos níveis visíveis do disco da M33. Exatamente como esse material frio se move para fora da galáxia é ainda um mistério, mas ventos de estrelas gigantes ou de supernovas podem ser os responsáveis.

Fonte:

http://www.stumbleupon.com/su/5D4QzK/www.dailygalaxy.com/my_weblog/2010/03/image-of-the-day-the-spellblinding-beauty-of-creation.html/r:t

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

Veja todos os posts

Arquivo