Não existe nada melhor do que fotos históricas de geleiras para mostrar quão dinâmico é o planeta em que vivemos. A Geleira Muir do Alasca, como muitas outras geleiras desse estado norte-americano, têm retraído e afinado de forma dramática desde o século 19.
O par particular de imagens acima mostra a continuação da retração e do afinamento na segunda metade do século 20. De 1941 até 2004, a frente da geleira retraiu cerca de 7 milhas, enquanto sua espessura diminuiu mais de 2625 pés, de acordo com o National Snow and Ice Data Center.
Enquanto que imagens históricas como essa mostram as mudanças ocorridas durante décadas, os satélites hoje na órbita da Terra nos dão um melhor entendimento de como a cobertura de gelo no nosso planeta tem mudado num passado mais recente. A era dos satélites, que teve início nos anos de 1970, tem nos dado uma imagem da aceleração das mudanças no gelo em locais como o Alasca, a Groenlândia e a Antártica, onde a perda de gelo tem contribuído de forma decisiva para o aumento do nível dos mares.
Quarenta e seis gigatoneledas de gelo das geleiras do Alasca, foram perdidas em média a cada ano de 2003 até 2010. Isso de acordo com os dados do satélite GRACE da NASA, dados esses que foram analisados por uma equipe de cientistas da Universidade do Colorado em Boulder. Os dois artigos abaixo saíram na revista Nature de Fevereiro de 2012 e discutem as mudanças globais na cobertura de gelo com base nos dados da missão GRACE.
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