Essa imagem se espalha de uma parede a outra através da área central de uma cratera de impacto. Do que podemos ver, muita coisa aconteceu para modificar a aparência da cratera desde que ela se formou, e essa atividade subsequente é o principal interesse dessa observação.
Primeiro, a cratera não é mais profunda e nem tem a forma tradicional de taça, na verdade ela se apresenta rasa e com o interior aproximadamente plano, indicando que ela foi preenchida com material. As feições de relevo de pequena escala dessa superfície preenchida nos dá pistas do que aconteceu. As cadeias onduladas paralelas sugerem que o material foi capaz de se mover e fluir, talvez em estágios sucessivos, e provavelmente devido à presença de gelo no solo.
As cavidades de pequena escala e as depressões de escala maior sugerem que mais recentemente uma parte desse gelo pode ter desaparecido por meio da sublimação, ou seja, a mudança do estágio sólido diretamente para o estado gasoso, para a atmosfera. Essa história da deposição e da perda de material rico em gelo, possivelmente ocorreu durante alguns ciclos da parte recente da história de Marte (ou durou mais tempo, e possivelmente continua até hoje), e é consistente com feições similares na região mais vasta da Bacia Utopia.
Fonte:
http://hirise.lpl.arizona.edu/ESP_032569_2225