Existem muitos sulcos enrugados ao longo dos mares lunares. Esses sulcos fascinantes são formados quando uma tensão de contração faz com que as camadas de basalto dos mares se fraturem, um processo que deforma a superfície. Algumas vezes os sulcos enrugados muito sinuosos e curvilíneos, e outras vezes eles são mais lineares e menos ondulados.
As imagens nesse post destacam um sulco enrugado curvilíneo no Mare Frigoris, localizado nas coordenadas 61.492?N, 350.108?E que é morfologicamente similar a outros sulcos enrugados nesse mar. Esses sulcos mostrados aqui são muito menores do que muitos outros que aparecem na mesma região. Como outros sulcos enrugados nos mares, existem algumas porções que são cobertas com pedaços de rochas e têm uma refletância levemente maior do que as porções restantes do sulco enrugado. O entendimento atual é que pelo fato do sulco enrugado ter uma raiz larga e uma cadeia central íngreme, as porções laterais mais íngremes da crista da cadeia fraturam e começam a desagregar e erodir antes que o restante do sulco enrugado.
Por que, se comparado com outros sulcos enrugados nessa região, esse em particular, apresentado nesse post é tão pequeno? Considere a localização do sulco enrugado na imagem de contexto acima. O sulco enrugado se formou dentro de basaltos que preencheram uma velha cratera e está a menos de 10 km da fronteira entre o mar e as terras altas. É possível que o preenchimento do mar seja mais fino nessa área, que afetaria o grau pelo qual o basalto pode ser falhado. Essa hipótese é suportada pela presença de várias kioukas próximas, que não foram cobertas pela lava e provavelmente afetou a tensão contracional nessa área.
Outras ideias que suportam essa hipótese veem de observações feitas de sulcos enrugados pequenos em algumas crateras inundadas que têm menos volume de basalto do que as bacias inundadas do lado visível da Lua. Contudo, os cientistas ainda não identificaram todos os sulcos enrugados no mar, assim pode ser que muitos sulcos enrugados estejam espalhados e que não são resolvidos em imagens lunares antigas. Tal ocorrência faria sentido, especialmente quando consideramos a variação em tamanho das escarpas lobadas lunares descobertas pela LROC.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/612-Really-Wrinkled.html