A Petavius é talvez a cratera mais fascinante localizada ao longo do limbo leste da Lua. Ela é jovem o bastante para ter seus picos massivos centrais e terraços blocados razoavelmente preservados, mas o que a separa da Langrenus e de complexos similares de crateras é o seu interior característico. A trincheira que surge desde os picos centrais e se desloca em direção à parede oeste não se compara com qualquer outro canal de de cratera na Lua. Uma maravilhosa conexão, de que só tem pista nessa imagem mas que é revelada nas imagens feitas pelas sondas Lunar Orbiter IV e a chinesa Chang’e-1 (mostradas abaixo nessa ordem), é que o canal massivo principal se entorta levemente no pico e continua em direção norte (para a esquerda), tornando-se incrivelmente estreito. Outro canal irradia na direção sul desde os picos. Como o canal principal e o canal a norte, ele também é mais largo próximo aos picos e afina à medida que fica longe deles. Isso sugere que todos os três estão relacionados com o soerguimento dos picos e com o centro do interior da cratera. Observações anteriores indicam que o centro da Petavius, foi soerguido, mas para se ter uma confirmação necessitasse de dados de topografia de alta resolução. Dois tipos de materiais fluem na Petavius e próximo dela. O velho domo localizado um pouco abaixo da parede sul foi provavelmente construído a partir de lava que entrou em erupção e os suaves reservatórios de material além do anel sul são materiais derretidos pelo impacto. Com todas essas fascinantes feições com quais outras a Petavius poderia compartilhar os holofotes nessa região da Lua? Esquecendo a Wrottesley, é possível notar a Snellius que é altamente castigada localizada abaixo e a direita – ela é a única cratera lunar que parece ter sido repetidamente atingida por algo como se fosse um martelo?
Fonte:
http://lpod.wikispaces.com/September+8,+2009