A interação de duas estrelas condenadas à morte criou esse espetacular anel adornado com brilhantes aglomerações de gás – como se fosse um colar de pérolas, só que em proporções cósmicas. Conhecida como Nebulosa do Colar, essa nebulosa planetária está localizada a 15000 anos-luz de distância da Terra, fica na constelação de Sagitta.
A Nebulosa do Colar, que também pode ser chamada por seu nome oficial, porém menos glamuroso, PN G054.2-03.4, foi produzida por um par de estrelas parecidas com o Sol, que se orbitam bem próxima uma da outra. Aproximadamente a 10 mil anos atrás, uma das estrelas, já com uma certa idade, se expandiu e engolfou a companheira menor, criando algo que os astrônomos chamam de envelope comum. A estrela menor continuou a orbitar a maior só que agora dentro do envelope, aumentando a taxa de rotação da gigante inchada até que grandes partes dela começaram a girar em direção ao espaço. O anel de detritos que escapou formou a Nebulosa do Colar, com aglomerações particularmente densas de gás, formando o que seriam os diamantes brilhantes ao redor do anel.
O par de estrelas que criou a Nebulosa do Colar permanece muito próximo, separado por poucos milhões de quilômetros, de modo que as duas estrelas aparecem como sendo um único ponto de luz no centro da imagem. Apesar dessa proximidade as estrelas continuam orbitando uma a outra, completando uma volta em pouco mais de um dia.
A Nebulosa do Colar já foi imageada pelo Hubble anteriormente, mas agora, essa nova imagem foi criada com técnicas avançadas de processamento, criando assim uma nova e melhorada visão desse objeto realmente intrigante. Para chegar nesse resultado final, algumas exposições feitas com a Wide Field Camera 3 do Hubble foram utilizadas.
Crédito:
ESA/Hubble & NASA, K. Noll
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