Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA espia a galáxia espiral NGC 1317 localizada na constelação de Fornax, a mais de 50 milhões de anos-luz de distância da Terra. Essa galáxia é uma de um par de galáxias, porém a vizinha maior, a NGC1316 está fora do campo de visão dessa imagem do Hubble.
Apesar a ausência aqui da sua vizinha, a NGC1317 está acompanhada nessa imagem de dois objetos de partes bem diferentes do universo. O ponto brilhante com anel e com um padrão de cruz é uma estrela da nossa própria galáxia que apresenta os famosos spikes de difração, enquanto que o objeto mais avermelhado e alongado é uma galáxia localizada bem mais distante que a NGC1317.
Os dados apresentados nessa imagem vieram de uma vasta campanha que usou centenas de observações feitas com a Wide Field Camera 3 e a Advanced Camera for Surveys. Combinados com dados do ALMA no deserto do Atacama, essas observações ajudam os astrônomos a entender melhor as conexões entre as vastas nuvens de gás frio e as estrelas jovens e quentes que se formam dentro delas.
A sensibilidade sem precedentes do ALMA em longos comprimentos de onda identificou vastos reservatórios de gás frio no universo local, e a visão excelente do Hubble foi capaz de apontar os aglomerados de estrelas jovens bem como medir suas idades e suas massas.
Normalmente as maiores descobertas astronômicas necessitam desse trabalho de equipe usando diferentes telescópios e diferentes equipes atuando através de todo o espectro eletromagnético. O mesmo irá se aplicar aos futuros telescópios, com as observações feitas pelo Hubble servindo como base, por exemplo, para as observações que serão feitas pelo novo Telescópio Espacial James Webb.
Fonte: