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26 de setembro de 2024

COMO O JAMES WEBB ESTÁ ESTUDANDO A INFÂNCIA DO UNIVERSO

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O Telescópio Espacial James Webb da NASA está desvendando os segredos do universo primitivo através de um dos seus maiores programas no primeiro ano, chamado JWST Advanced Deep Extragalactic Survey (JADES). O objetivo do JADES é descobrir e estudar galáxias distantes e tênues, dedicando 32 dias de tempo de telescópio para isso. O programa já descobriu centenas de galáxias que existiam quando o universo tinha menos de 600 milhões de anos.

Uma das questões fundamentais que o JADES procura responder é como as primeiras galáxias se formaram, a rapidez com que formaram estrelas e por que algumas pararam de formar estrelas. Um estudo liderado por Ryan Endsley focou em galáxias que existiam entre 500 e 850 milhões de anos após o Big Bang, durante um período crítico conhecido como Época da Reionização. Durante esse tempo, o universo passou de um estado opaco para transparente devido à ionização dos átomos.

Os cientistas debateram se buracos negros supermassivos ou galáxias cheias de estrelas jovens e quentes foram a principal causa da reionização. Usando o instrumento Near-Infrared Spectrograph (NIRSpec) do Webb, a equipe de Endsley encontrou evidências de intensa formação de estrelas nas galáxias primitivas. Essas estrelas massivas e quentes emitiam luz ultravioleta, que ionizava o gás circundante, tornando-o transparente. Isso sugere que essas galáxias podem ter sido os principais impulsionadores do processo de reionização.

Além disso, a equipe descobriu que essas galáxias jovens passaram por períodos de rápida formação de estrelas, intercalados com períodos mais calmos. Isso pode ter ocorrido à medida que as galáxias capturavam aglomerados de matéria gasosa necessários para formar estrelas, ou porque as estrelas massivas explodiam rapidamente, injetando energia no ambiente circundante e impedindo que o gás se condensasse para formar novas estrelas.

Outro aspecto do programa JADES envolve a busca pelas galáxias mais antigas que existiam quando o universo tinha menos de 400 milhões de anos. Ao estudar essas galáxias, os astrônomos podem explorar como a formação de estrelas nos primeiros anos após o Big Bang era diferente do que é observado atualmente. Isso é feito medindo o desvio para o vermelho de uma galáxia, que pode indicar quão distante ela está e, portanto, quando existia no universo primitivo.

Kevin Hainline e seus colegas usaram o instrumento Near-Infrared Camera (NIRCam) do Webb para obter essas medições e identificaram mais de 700 galáxias candidatas que existiam quando o universo tinha entre 370 milhões e 650 milhões de anos. O número dessas galáxias superou as previsões e demonstrou a resolução e sensibilidade do telescópio.

As descobertas revelam que a formação de estrelas no universo primitivoera muito mais complexa do que se pensava anteriormente. Antes do Telescópio Espacial James Webb, as galáxias mais antigas pareciam pequenas manchas. Agora, os astrônomos podem ver que algumas delas são objetos extensos com estruturas visíveis, incluindo agrupamentos de estrelas que estão nascendo apenas algumas centenas de milhões de anos após o início do tempo.

O Telescópio Espacial James Webb está revolucionando nosso entendimento do cosmos. Com sua tecnologia avançada, está permitindo que os astrônomos viajem no tempo e no espaço para testemunhar o nascimento de estrelas e galáxias. O JADES é apenas um dos muitos programas que utilizam este telescópio para explorar os mistérios do universo.

FONTE:

https://www.nasa.gov/feature/goddard/2023/early-universe-crackled-with-bursts-of-star-formation-webb-shows

#JAMESWEBB #GALAXIES #UNIVERSE

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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