Esta imagem intrigante mostra uma galáxia chamada Messier 85, capturada em toda a sua delicada e nebulosa glória pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. A Messier 85 inclina-se através da constelação de Coma Berenices (Cabelo de Berenice) e está a cerca de 50 milhões de anos-luz da Terra. Foi descoberta pela primeira vez pelo colega de Charles Messier, Pierre Méchain, em 1781 e está incluída no catálogo Messier de objetos celestes.
A Messier 85 é intrigante – suas propriedades se situam entre as de uma galáxia lenticular e uma elíptica, e parece estar interagindo com duas de suas vizinhas: a bela espiral NGC 4394, localizada fora do quadro à esquerda superior, e a pequena elíptica MCG 3-32-38, localizada fora do quadro ao centro inferior.
A galáxia contém cerca de 400 bilhões de estrelas, a maioria das quais é muito antiga. No entanto, a região central abriga uma população de estrelas relativamente jovens, com apenas alguns bilhões de anos de idade; acredita-se que essas estrelas tenham se formado em um surto tardio de formação estelar, provavelmente desencadeado quando a Messier 85 se fundiu com outra galáxia há mais de quatro bilhões de anos. A Messier 85 tem outra qualidade potencialmente estranha. Quase todas as galáxias são consideradas ter um buraco negro supermassivo em seu centro, mas com base nas medições das velocidades das estrelas nesta galáxia, não está claro se a Messier 85 contém tal buraco negro.
Esta imagem combina observações infravermelhas, visíveis e ultravioletas da Wide Field Camera 3 do Hubble.
A Messier 85 é um exemplo fascinante da diversidade e complexidade das galáxias em nosso universo. Cada galáxia tem sua própria história única de formação e evolução, e a Messier 85 não é exceção. Com suas estrelas antigas e jovens, sua forma incomum e sua possível falta de um buraco negro central, a Messier 85 é um objeto de estudo valioso para os astrônomos.
A observação e o estudo de galáxias como a Messier 85 são fundamentais para a nossa compreensão do universo. Cada nova descoberta nos ajuda a entender melhor como as galáxias se formam e evoluem, e como elas interagem umas com as outras. E cada nova imagem capturada pelo Hubble nos oferece uma visão deslumbrante da beleza e da complexidade do universo em que vivemos.
A Messier 85 é apenas uma das muitas galáxias que o Hubble capturou em suas décadas de operação. E com cada nova imagem, somos lembrados da incrível diversidade e beleza do nosso universo. Seja uma galáxia espiral com braços de estrelas brilhantes, uma galáxia elíptica repleta de estrelas antigas ou uma galáxia lenticular como a Messier 85, cada uma tem sua própria história para contar.
A Messier 85, com sua população de estrelas antigas e jovens e sua forma incomum, é um lembrete de que ainda temos muito a aprender sobre o nosso universo. Cada galáxia é um enigma a ser resolvido, um pedaço do quebra-cabeça que é o nosso universo.
E enquanto continuamos a explorar o espaço, podemos ter certeza de uma coisa: sempre haverá mais para descobrir. Mais galáxias para observar. Mais estrelas para estudar. E mais mistérios para desvendar. E é essa promessa de descoberta que torna a exploração espacial tão emocionante e tão vital para o nosso futuro.
Afinal, a exploração do espaço não é apenas sobre a descoberta de novos mundos. É também sobre a descoberta de novas perspectivas, novas maneiras de ver e entender o universo. E, no processo, novas maneiras de ver e entender a nós mesmos.
Então, da próxima vez que você olhar para o céu noturno, pense na Messier 85. Pense em suas estrelas antigas e jovens, em sua forma incomum, e em todos os mistérios que ainda estão por ser resolvidos. E lembre-se de que, mesmo nos cantos mais distantes do nosso universo, há sempre algo novo para descobrir.
Fonte:
https://www.nasa.gov/image-feature/goddard/2023/hubble-gazes-at-a-hazy-galaxy