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Mesmo antes de ser lançado ao espaço, os engenheiros e técnicos que lidavam com o Telescópio Espacial James Webb tinham uma certeza, o telescópio seria atingido por pedaços de rochas espaciais.
Para quem olha o James Webb pode achar o telescópio um pouco desprotegido, ele não tem tipo um tubo, assim como o Hubble, o seu espelho está totalmente exposto ao espaço e o seu escudo de calor também, sem nenhuma proteção.
Mas lógico que tudo isso foi estudado antes de lançar o telescópio, afinal são 10 bilhões de dólares no espaço.
Os responsáveis simularam vários cenários e sabiam que sim, o James Webb seria atingido por pequenos pedaços de rochas.
E a simulação até deu certo, os engenheiros da NASA conseguiram registrar 14 impactos de micrometeoroides mensuráveis no espelho primário do James Webb, o que dá uma média de 1 a 2 impactos por mês, e o que está de acordo com o que foi previsto nas simulações.
Além disso, o principal, os erros causados por esses impactos estão todos dentro do que foi esperado quando o James Webb foi construído.
Porém, um evento mudou tudo, em maio de 2022, o James Webb foi atingido por um pedaço de rocha espacial bem maior do que se havia previsto antes, embora não tenha danificado o telescópio esse evento ligou um tipo de luz vermelha para todos.
A NASA então criou um grupo de estudo especial para lidar com os impactos de micrometeoroides com o James webb, e esse grupo concluiu que o impaco de maio de 2022 foi um evento estatístico raro, mas aconteceu e poderia acontecer novamente.
Então para preservar o telescópio espacial o máximo possível e evitar qualquer dano no futuro, o grupo de estudos criou o que é agora conhecido como Zona de Prevenção de Micrometeoroides.
É um nome complicado para algo relativamente simples.
Quando o telescópio está se movimentando no espaço, a direção na qual ele está se movendo tem uma chance estatística maior de receber impactos maiore e com maior velocidade que poderiam danificar o instrumento.
Quando está nesse movimento os micrometeoroides atingem o espelho com o dobro de velocidade e com quatro vezes mais energia cinética, portanto evitar observar durante a movimentação nessa direção ajudará a estender a vida útil do James Weebb.
Então, durante esse período, o tempo de observação será minimizado para evitar esses impactos mais desastrososo.
O efeito prático desse estudo é uma mudança, ou melhor uma reorganização na programação de observação do James Webb, os objetos serão observados agora levando o critéiro de segurança em consideração, ou seja, serão observados quando é mais seguro ser feita essa observação e não seguindo a ordem de urgência científica.
Isso vai valer para quase tudo, menos para os objetos do Sistema Solar, pois esses possuem uma restrição de tempo maior.
Realmente, colocar e operar um telescópio espacial que custou 10 bilhões de dólares no espaço não é algo fácil, ainda mais quando o ponto onde ele está fazendo as observações está a 1.5 milhão de quil6ometros da Terra lá no Ponto de Lagrange.
É muita coisa que não se tem muito controle e são diferentes variáveis que precisam ser analisadas e levadas em consideração.
Mas com essa reorganização e com esse grupo criado, as coisas parecem que serão mais tranquilas para o James Webb.
Fonte:
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