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23 de novembro de 2024

A Lua em 2010 e o Futuro

Pensando sobre todos os avanços em 2010 realizados principalmente em relação ao estudo de nosso único satélite natural, a Lua, pode-se dizer que os chamados mosaicos WAC tiveram o maior impacto. Muitos outros avanços com relação aos processos lunares, também foram importantes. A descoberta de água no polos é a confirmação final de hipóteses feitas a mais de 50 anos atrás, mas será muito difícil de acessar. As imagens de altíssima resolução da câmera de ângulo restrito da LRO têm funcionado como ferramentas imprescindíveis para se entender a geologia e os fenômenos mecânicos que acontecem na Lua com uma dimensão de dezenas de metros. Talvez a água polar seja importante em 2030 ou além, e as imagens de magníficos detalhes são também importantes, mas esses avanços ajudam a se ter uma visão geral da Lua e de seus fenômenos? Para muitos pesquisadores, os mosaicos da Wide Angle Camera, feitos pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, já estão fornecendo algo que sempre se buscou através de toda a história da exploração lunar – uma visão de toda a Lua com uma resolução e iluminação homogênea. A cada mês, melhores imagens da Lua podem ser registradas, construindo assim um conjunto de mosaicos globais, cada um deles em alta resolução, mas com diferentes ângulos de iluminação. Essas imagens poderiam ser duplicadas com os dados de altimetria da LRO por meio de seu instrumento LOLA, que poderiam ser visualizadas de qualquer ângulo selecionado de iluminação e de qualquer direção de observação. Mas os fantásticos mapas altimétricos não possuem informações sobre o albedo da verdadeira superfície lunar. A WAC possui uma capacidade de imageamento multiespectral desse modo os mosaicos finais da WAC serão coloridos fornecendo informações globais da composição mineralógica. As sondas LRO e a Kaguya, estão tendo missões extraordinárias, finalizando o trabalho iniciado pela missão Apollo. Os mosaicos globais da WAC serão parte de um conjunto de dados fundamentais para fornecer informações do contexto para futuras missões.

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/December+31,+2010

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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