Normalmente se envia um observatório para o espaço usando um foguete. Você normalmente coloca o seu observatório espacial no compartimento de carga do foguete, protegido pela coifa, lança ele para o espaço e coloca o seu observatório na órbita da Terra. Mas as vezes, é possível inovar nisso, e foi o que a NASA pretende fazer com o seu observatório ASTHROS. Para colocar esse observatório no espaço, a agência espacial norte-americana pretende usar um gigantesco balão.
O ASTHROS, que significa Astrophysics Stratospheric Telescope for High Spectral Resolution Observations at Submillimeter, inclui alguns dos dos instrumentos de mais alta tecnologia para observar o espaço, mas primeiro ele precisa ser levado para cima da atmosfera da Terra. Para fazer isso acontecer, o Jet Propulsion Laboratory da NASA está desenhando um balão que irá se esticar atingindo 121 metros, o que é praticamente do tamanho de um capo de futebol.
O mega-balão que irá carregar o ASTHROS a uma altitude de aproximadamente 40 km de altura. De acordo com a NASA esse é ponto ideal entre o limite superior das aeronaves comerciais e a borda do espaço.
O ASTRHOS irá fazer observações no infravermelho distante, uma luz que tem um comprimento de onda bem maior do que é visível pelo olho humano. Para fazer isso, o ASTHROS precisará atingir uma altura de aproximadamente 40 km, 4 vezes mais do que a altura atingida pelas aeronaves comerciais. Embora esteja bem abaixo da fronteira do espaço, 100km, esses 40 km são altos o suficiente para observar a luz que é bloqueada pela atmosfera da Terra.
A missão irá ver o balão carregar o observatório perto do polo sul da Terra, onde será possível observar o espaço, usando os instrumentos que observam o universo no infravermelho distante, para então fazer as novas observações que a NASA deseja. O Jet Propulsion Laboratory disse que o balão será capaz de se manter na altura desejada por cerca de 28 dias, isso fará com que ele circule o polo sul da Terra, mais de 3 vezes.
Os astrônomos querem usar o ASTHROS principalmente para entender a formação de estrelas no universo, ou no mínimo entender o que regula essa formação. As simulações computacionais que são usadas para entender a evolução das galáxias ainda não pode replicar tudo que acontece no universo. O mapeamento do nitrogênio que será mapeado pelo ASTHROS nunca foi visto e nem modelado anteriormente, e será interessante ver tudo isso com o observatório e depois alimentar os modelos e entender o que acontece.
Quando a missão terminar, a equipe irá remotamente desacoplar o balão da gôndola que segura o ASTHROS. Quando a gôndola for desacoplada, um paraquedas será ativado e irá fazer com que o instrumento faça um pouso suave no solo. Os cientistas irão então recuperar o observatório fazer os reparos e as mudanças necessárias e depois prepará-lo para outro voo, e assim vão fazendo em ciclos de 28 dias.
Fonte:
https://nypost.com/2020/07/28/nasa-is-building-balloon-big-as-a-football-stadium/