Uma equipe de pesquisadores europeus descobriu um filamento de gás orbitando o buraco negro supermassivo Sagittarius A*, localizado no centro da Via Láctea. A equipe descobriu emissões de uma grande nuvem de gás enquanto estudava uma região localizada a 0.1 pareces do buraco negro.
A equipe usou a luz infravermelha para estudar a aglomeração de gás e poeira na região mais interna ao redor do SGR A*. A nuvem pesa cerca de 8 vezes a massa da Terra e está se movendo a uma velocidade de aproximadamente 320 km/s.
Mesmo, apesar, do centro da Via Láctea ser monitorado por mais de duas décadas, o filamento gasoso e empoeirado estava escondido nos dados, baseados na detecção do infravermelho próximo e do infravermelho intermediário, respectivamente. A sua pura existência já é algo espetacular devido ao forte campo de radiação criado pelo buraco negro supermassivo SGR A*.
Com base em certas considerações, o filamento poderia estar localizado a apenas 0.17 parsec do buraco negro se ele estivesse preso pela gravidade do buraco negro. Se ele não estiver preso, ele poderia estar duas vezes mais distante. Com base nas observações atuais, a equipe não pode afirmar com certeza nenhuma das opções acima.
Por essa razão existe também uma incerteza de onde ele vem. Ele poderia ser um material vindo na direção do buraco negro, ou algo sendo empurrado pelo buraco negro. Esse filamento poderia até estar relacionado com as estrelas do aglomerado S, um conjunto de objetos estelares que orbitam o SGR A*.
Os pesquisadores não esperavam encontrar um grande objeto tão perto na projeção do SGR A* que seja comparável ao tamanho do aglomerado S. Além disso, os pesquisadores descobriram outros objetos que possuem propriedades comparáveis. Os pesquisadores especulam que esses filamentos poderiam ser o elo perdido sobre a alimentação do buraco negro a partir de grandes nuvens moleculares que orbitam o núcleo galáctico em escalas de parsec.
A equipe espera revisitar esse objeto em alguns anos com o uso de observatórios como o Extremely Large Telescope do ESO e o Telescópio Espacial James Webb.
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