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Nos anos 1960, um grupo de físicos que incluía Stephen Hawking, publicou um teorema que previa como seria a “superfície” de um buraco negro.
Os buracos negros não possuem uma superfície propriamente dita, mas sim uma borda externa chamada de horizonte de eventos.
Algumas ideias levantaram a hipótese que esse horizonte de eventos poderia ser algo irregular, mas o teorema que diz que os buracos negros não têm cabelo indicava a superfície era totalmente lisa.
Em outras palavras, se fosse possível fazer um corte num buraco negro ao longo do seu eixo de rotação, a superfície seria algo simétrico.
E então, em na década de 1970, Kip Thorne, teorizou uma maneira de provar o teorema do cabelo do buraco negro.
Um satélite orbitando o buraco negro poderia mostrar se a sua “superfície” era ou não era lisa, ou melhor dizendo simétrica.
Como é impossível colocar um satélite na órbita de um buraco negro, era preciso encontrar um par de buracos negros, onde um orbitasse o outro.
Algo que você pode pensar também que é quase impossível.
Mas os astrônomos possuem um arsenal de ferramentas que podem auxiliar nessa busca.
E foi usando o Spitzer, no seu último ano de atividade que eles conseguiram fazer isso.
Os astrônomos observaram o buraco negro da galáxia OJ 287.
Esse é um dos maiores buracos negros conhecido pelos astrônomos com uma massa de nada mais nada menos que 18 bilhões de vezes a massa do Sol.
O mais interessante de tudo, é que esse buraco negro tem na sua órbita outro buraco negro, bem menor, porém também gigantesco, com 150 milhões de vezes a massa do Sol.
E tudo isso a 3.5 bilhões de anos-luz de distância da Terra.
Para quem não realizou você tem um buraco negro de 150 milhões de vezes a massa do Sol, orbitando um de 18 bilhões de vezes a massa do Sol.
O sistema todo é um blazar, ou seja, um núcleo ativo de galáxia e que estamos vendo de frente.
Os astrônomos tinham encontrado o experimento natural para provar a teoria do cabelo do buraco negro.
E como eles iriam fazer isso?
Qaundo o buraco negro menor cruzasse o disco de acreção do maior, ele geraria uma flare, e o Spitzer poderia então detectar.
Para modelar a órbita e e definir o momento exato de quando a flare ocorreria, os astrônomos usaram ondas gravitacionais, modelos complexos e a teoria de que os buracos negros não têm cabelo.
Se a teoria estivesse certa, eles teriam que observar a flare em 31 de julho de 2019.
E fazendo todo um trabalho com o Spitzer, eles conseguiram e observaram a flare sendo emitida da passagem do buraco negro menor pelo disco de acreção do maior.
Essa previsão quase que perfeita da flare com um erro de 4 horas, mostrou que o disco de acreção do buraco negro era simétrico, pois caso ele não fossem o espaço-tempo seria distorcido de forma diferente, e a previsão não aconteceria da forma correta.
O Spitzer então, conseguiu registrar a dança precisa de dois buracos negros e mostrar que a teoria proposta por Hawking de que os buracos negros não têm cabelo estava correta.
Com isso, o que sabemos sobre os buracos negros continua valendo e podemos continuar então estudando esses objetos para entender melhor o que acontece com eles.
Fontes:
https://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=7648
#BLACKHOLE #STEPHENHAWKING #SPACETODAY