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A origem da nossa Lua, ainda é um tópico muito estudado pelos cientistas planetários.
Existem algumas hipóteses sobre como a Lua se formou, entre elas, podemos citar a fissão, a dupla formação planetária, a captura.
Mas a melhor hipótese até o momento para explicar a formação do nosso satélite é a chamada Hipótese do Grande Impacto, ou, Hipótese do Impacto Gigante.
Nessa hipótese, a Terra se chocou com um objeto do tamanho de Marte chamado de Theia, e depois de uma verdadeira mistureba de tudo, a Lua foi formada.
Essa hipótese de formação da Lua é muito boa, pois explica muita coisa sobre o que observamos atualmente.
Por exemplo, ela explica o fato da Lua ser travada gravitacional mente com a Terra.
Explica também diferenças encontradas na quantidade de elementos como o ferro e de elementos mais leves como o hidrogênio.
Durante o grande impacto, o ferro ficou retido na Terra, e os elementos mais leves foram vaporizados pelo calor gerado.
E modelos computacionais mostram que a Lua deve ser composta por 80% de material originado de Theia.
Porém, muitas questões em aberto ainda existem sobre a origem da Lua.
Uma delas é, se Theia realmente existiu, se chocou com a Terra, misturou tudo com o que seria o manto do nosso planeta, por que a Terra e a Lua seriam tão parecidas?
Uma explicação para isso, é que a Theia e a Terra tinham composição idêntica.
O que é algo pouco provável, pois cada objeto no Sistema Solar, tem a sua própria composição.
Outra explicação é que a mistura foi muito maior do que se pensava, deixando menos clara a assinatura de Theia na Lua.
Também é pouco provável, pois, o impacto teria que ter acontecido com um objeto muito maior.
Existe uma outra alternativa para explicar isso.
E se a Terra e a Lua não forem tão parecidas assim.
E é disso que um estudo publicado recentemente na Nature Geoscience trata.
Pesquisadores fizeram uma análise detalhada na ditribuição de isótopos de oxigênio O18 e O16 em amostras da Lua trazidas pelos astronautas da missão Apollo e em rochas da Terra.
E o estudo mostrou que existe uma diferença na composição dos isótopos de oxigênio.
Além disso, o estudo mostrou que a diferença aumenta quando são estudadas rochas do manto da Lua.
Esse estudo mostra claramente que Theia e a Terra não eram objetos idênticos e mostra também que a Terra e a Lua não são objetos idênticos.
O estudo também nos ensina um pouco mais sobre Theia.
Theia provavelmente foi um objeto que se formou mais longe do Sol, do que a Terra e por isso tinha mais isótopos mais leves de oxigênio.
Mas e aí, a Hipótese do Grande Impacto ainda está valendo?
Não só tá valendo como fica mais reforçada, pois de todas as hipóteses sobre a formação da Lua, só a Hipótese do Grande Impacto é que poderia explicar essas diferenças.
Voltar para a Lua e recolher amostras de outros locais é fundamental para que nós possamos entender melhor ainda como se deu a formação do nosso satélite e também para que possamos entender melhor sobre Theia, esse objeto misterioso que se chocou com a Terra, a cerca de 4.5 bilhões de anos atrás.
Fonte:
https://phys.org/news/2020-03-moon.html
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