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27 de novembro de 2024

A FUSÃO DE GALÁXIAS MAIS ANTIGA JÁ DETECTADA | SPACE TODAY TV EP1871

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A fusão entre galáxias é um processo fundamental para a evolução das mesmas.

Galáxias maiores podem simplesmente engolir as galáxias menores.
Ou em alguns casos, galáxias de tamanho similar, se fundem e formam uma galáxia ainda maior.

A nossa própria Via Láctea passou por isso no seu passado e todo mundo sabe que no futuro vamos nos fundir com a Galáxia de Andrômeda.

Fica muito claro então que entender o processo de fusão de galáxia é essencial para que possamos entender como as galáxias se formam e evoluem com o passar do tempo.

Mas uma pergunta que sempre atormentou os astrônomos é, será que até mesmo no início do universo esse tipo de processo acontecia?

Para isso é preciso investigar cada vez mais distante e procurar, lá no universo primordial algo que indique a fusão entre galáxias.

Para sorte dos astrônomos existem hoje ferramentas altamente tecnológicas na astronomia que eles podem usar para isso.

E foi usando principalmente o ALMA, as antenas do ESO no Chile e com dados complementares do Hubble, que os astrônomos resolveram estudar uma galáxia localizada a 13 bilhões de anos-luz de distância da Terra.

Ou seja, uma galáxia que existia apenas 1 bilhão de anos depois do Big Bang.

A galáxia se chama B14-65666 e fica localizada na constelação da Sextante.

Os astrônomos conseguiram, com o ALMA detectar emissões de oxigênio, carbono e poeira proveniente da galáxia.

Ao estudar essas emissões, eles descobriram que eram emitidas por duas aglomerações de estrelas formando um único sistema, ou seja, a galáxia.

Porém, as emissões apresentavam velocidades diferentes, e essa diferença indica que as aglomerações são na verdade duas galáxias em processo de fusão.

A massa estelar da galáxia é menos que 10% da massa da Via Láctea, significando que ela está num estágio inicial de evolução.
Os astrônomos foram capazes também de calcular que essa galáxia está formando estrelas numa taxa 100 vezes maior que a Via Láctea, o que é um outro sinal do processo de fusão, pois a quantidade de poeira aumenta consideravelmente no sistema.

Os astrônomos continuarão estudando essa galáxia atrás de outros elementos como nitrogênio e monóxido de carbono.

Assim, esperam contar a história evolutiva dela.

Essa é a fusão de galáxias mais antiga já detectada no universo e que pode ser muito útil para que os astrônomos possam entender como se dá o processo de nascimento e evolução galáctico.

#FusaoGalaxias #ALMA #Hubble

Fonte:

https://www.almaobservatory.org/en/press-release/alma-finds-earliest-example-of-merging-galaxies/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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