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27 de novembro de 2024

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Quando o LIGO e o VIRGO detectam ondas gravitacionais, essas ondas são geradas ou pela fusão de buracos negros de massa estelar, ou pela fusão de estrelas de nêutrons, ou pela fusão de um buraco negro de massa estelar com uma estrela de nêutrons.

Isso acontece pelo fato da sensibilidade dos sensores estar ajustada para detectar esse tipo de onda gravitacional, e também, por ser o tipo de onda gravitacional que pode ser detectada da Terra.

Porém, nós sabemos que no universo existem outros tipos de buracos, os buracos negros supermassivos.

Sabemos também, que galáxias com esses buracos negros em seu centro normalmente colidem, se fundem.

Isso quer dizer que esses buracos negros supermassivos também podem colidir, e obviamente nessa colisão geram ondas gravitacionais também, porém, hoje, não temos instrumentos preparados para detectá-las.

Pensando nisso, a ESA, a Agência Espacial Europeia está desenvolvendo duas missões que devem trabalhar de forma integrada e isso será um passo fundamental para o que eu sempre falo da chamada astrofísica multimensageira.

As duas missões são:

Athena – Advanced Telescope for High Energy Astrophysics

LISA – Laser Interferometer Antenna.

Ambas estão em fase de estudo e com lançamento previsto para os anos 2030.

Quando lançada, a Athena será o maior obbservatório de raios-X já construído, e irá investigar somente os fen6omenos mais quentes e energéticos que acontecem no universo, com grande precisão.

Ela irá tentar responder importantes perguntas, como os buracos negros supermassivos no centro das galáxias se formam e desenvolvem, e como é a distribuição da matéria escura e ordinária no universo.

A Athena irá medir centenas de milhares de buracos negros nas mais diversas distâncias a partir da emissão de raios-X de seu disco de acreção.

Com um interesse especial nos primeiros buracos negros formados no universo.

Por outro lado o LISA será o primeiro observatório espacial de ondas gravitacionais.

O LISA poderá detectar ondas gravitacionais de baixa frequência, ou seja, formadas quando dois buracos negros supermassivos colidem.

Lembbrando que a ESA já lançou a E-LISA que era um teste de tecnologia e tudo correu bem.

Com esses dois instrumentos será possível colocar em prática a astrofísica multimensageira.

simulações mostram que quando dois buracos negros supermassivos colidem eles geram tanto ondas gravitacionais como radiação em ondas eletromagnéticas.

diferente dos buracos negros de massa estelar, na fusão dos supermassivos, as ondas gravitacionais, começam a ser geradas antes da fusão estar completa, com isso, a possição da fusão poderá ser detectada, e com isso o Athena poderá ser apontado para a fonte e então detectar as emissões de raios-X.

Os astrônomos esperam com isso, ver a formação de um núcleo ativo de galáxia acontecendo diante dos seus olhos, o que seria fundamental para a o entendimento dos buracos negros e do universo como um todo.

Na teoria, nas simulações, tudo funciona perfeitamente e parece muito bem, teremos que ver se na prática será assim.

Para isso temos que esperar um pouco ainda.

Talvez, a década de 2030, seja a década da astrofísica multimensageira.

#BuracosNegros #ESA

Fontes:

http://www.esa.int/Our_Activities/Space_Science/A_unique_experiment_to_explore_black_holes

https://www.cosmos.esa.int/documents/678316/1700384/Athena_LISA_Whitepaper_Iss1.0.pdf

https://phys.org/news/2019-05-unique-explore-black-holes.html

https://www.vice.com/en_us/article/wjvzpq/heres-how-scientists-plan-to-watch-supermassive-black-hole-collisions

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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