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As estrelas que são parecidas com o Sol, quando chegam no final da sua vida, se transformam no que chamamos de anãs brancas, que na verdade é um núcleo estelar denso que vai se esfriando com o passar do tempo.
Isso acontece depois que a estrela esgotou o seu combustível e expeliu suas camadas externas.
Estrelas como o Sol, crescem, se transformam em gigantes vermelhas, limpando parte do seu sistema planetário interno. No Sistema Solar, quando isso acontecer, Mercúrio, Vênus, Terra e Marte serão varridos.
Daqui a aproximadamente entre 5 e 6 bilhões de anos o Sol, se transformará numa anã branca, e será orbitado por Marte, Júpiter, Saturno Urano e Netuno e um grande grupo de asteroides e cometas.
O balanço gravitacional vai sofre uma alteração muito grande e provavelmente, os planetas maiores irão jogar os corpos menores em direção a anã branca onde eles serão arrebentados.
Será que é isso mesmo que vai acontecer? A história parece interessante, mas por enquanto é só uma ideia.
Os astrônomos precisam observar anãs brancas e descobrir algo ao seu redor para aprender sobre todos esses processos.
E foi pensando nisso que astrônomos usaram aquele que é considerado o maior telescópio do mundo, o Gran Telescopio Canarias para estudar uma anã branca, localizada a aproximadamente 410 anos-luz de distância da Terra.
E ao fazer isso, eles descobriram ao redor da estrela, um disco de detritos, formado pela ruptura de um corpo rochoso composto de ferro, magnésio, sílica e oxigênio.
Exatamente os 4 elementos que são fundamentais para a constituição da Terra e da maioria dos corpos rochosos.
Os astrônomos descobriram também um anel de gás que parece uma cauda do objeto. Esse gás pode ser gerado pelo próprio objeto ou pela poeira sendo evaporada à medida que colide com pequenos detritos dentro desse disco.
Os astrônomos acreditam que esse corpo rochoso tinha um tamanho quilométrico, talvez com centenas de quilômetros de diâmetro, comparável aos grandes asteroides do nosso Sistema Solar.
Os astrônomos acreditam que um asteroide ou cometa, ao passar perto da força gravitacional extrema da anã branca foi destruído.
Restaram detritos desse objeto, muito provavelmente pelo fato dele ser muito denso composto quase inteiramente de ferro e assim conseguiu criar esses detritos.
Esse tipo de estudo pode ajudar os astrônomos a entender o que poderá acontecer no futuro com o nosso Sistema Solar.
Vale lembrar algo bem importante, essa não é a primeira descoberta desse tipo, mas sim a segunda.
A diferença marcante é que a primeira descoberta foi feita através da técnica do trânsito, como é feito na descoberta de exoplanetas, onde uma nuvem de detritos passou na frente da anã branca, para isso, é preciso um alinhamento.
Dessa vez a descoberta foi feita usando espectroscopia, ou seja, sem a necessidade de um alinhamento, e é a primeira vez que isso acontece.
Isso quer dizer que com a metodologia desenvolvida nessa descoberta, os astrônomos podem procurar por outros exemplos como esse e entender cada vez mais e melhor sobre como será o futuro do sistema planetária onde vivemos.
#AnaBranca #SistemaSolar
Fonte:
https://phys.org/news/2019-04-heavy-metal-planet-fragment-survives.html