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27 de novembro de 2024

ULTIMA THULE, OU SERIA MELHOR PANQUECA E NOZ? | SPACE TODAY TV EP.1702

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A New Horizons mandou novas imagens do Ultima Thule para a Terra.

Na verdade, ela mandou as últimas imagens que ela fez do Objeto do Cinturão de Kuiper, mas não são as últimas imagens que serão enviadas.

Na verdade, existe um protocolo para o envio dessas imagens e uma sequência como é feito esse envio e agora chegou o momento de enviar as imagens que ela fez quando se despedia do objeto.

A sequência de imagens foi feita 10 minutos depois da maior aproximação da sonda com o objeto, são imagens espetaculares tentando pegar o objeto retroiluminado pelo Sol.

Realmente são imagens espetaculares, que lembram um pouco aquela imagem que a própria New Horizons fez ao se despedir de Plutão, com ele retroiluminado pelo Sol. A diferença que o Ultima Thule não tem atmosfera, aliás essas imagens são feitas até mesmo para mostrar isso.

As imagens foram feitas com a sonda a 8862 km de distância do objeto, às 3:42 do dia 1 de Janeiro de 2019, no momento o objeto estava a 6.6 bilhões de quilômetros da Terra.

As imagens originais mostram o objeto crescente e meio borrado por conta da longa exposição, e depois as imagens foram processadas e corrigidas.

No momento em que a sonda observava o objeto, muitas estrelas passavam e piscavam atrás dele e isso foi de suma importância para o resultado mais espetacular obtido dessa vez, uma atualização sobre a forma do objeto.

Na primeira imagem próxima, divulgada, todo mundo chamou o Ultima thule de boneco de neve, ou seja, basicamente dois segmentos esféricos unidos.

Contudo a análises de novos dados, com base na iluminação do Sol e nas estrelas que passaram atrás do objeto, mostraram que na verdade ele não é formado por dois segmentos esféricos.

O Ultima, que é a parte maior do objeto lembra uma panqueca gigante, e o Thule, o menor, lembra uma noz amassada

É impressionante o quanto podemos aprender sobre um objeto tão distante e com uma sonda passando tão rápido por ele.

Os novos dados, as novas imagens e as novas interpretações, criam importantes indagações sobre principalmente como esse objeto pode ter se formado.

Além disso, essas novas interpretações podem também gerar novas hipóteses sobre a formação de planetesimais no início do Sistema Solar.

Realmente é impressionante o trabalho da New Horizons.

#UltimaThule

Fonte:

http://pluto.jhuapl.edu/News-Center/News-Article.php

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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