Em 2015, um grupo de astrônomos usando os dados do telescópio espacial Kepler descobriu um exoplaneta chamado de Kepler-452b.
Logo esse exoplaneta chamou muito a atenção de todos, ele estaria localizado a cerca de 1400 anos-luz de distância da Terra, tinha 1.6 vezes o tamanho da Terra e orbitaria uma estrela parecida com o Sol, estrela essa que tinha 1.5 bilhão de anos de vida.
Devido a todas essas características muitos na época chamaram esse exoplaneta de o primo da terra.
Parecia que estávamos no caminho para encontrar a tão falada e esperada Terra 2.0.
Mas, e na astronomia sempre temos um mas para atrapalhar tudo, um estudo recente feito nos dados do Kepler mostrou que talvez o Kepler-452b não seja um exoplaneta e junto com ele muitos outros exoplanetas podem estar se transformando em ruído.
Os pesquisadores basicamente se debruçaram sobre os dados do Kepler, entenderam melhor os dados, redefiniram alguns tresholds, limites, e chegaram à seguinte conclusão.
A validação estatística é insuficiente para confirmar o Kepler-452b como planeta usando o nível de 99%, existe uma chance entre 16% e 92% que ele seja sim um planeta, dependendo do grau de confiabilidade que você queira impor aos dados.
Isso não só se aplica ao Kepler-452b, se aplica a qualquer exoplaneta que foi descoberto, que seja de tamanho parecido com a Terra e que tenha uma órbita maior que 200 dias.
Nos catálogos oficiais, o Kepler-452b ainda não foi reclassificcado, ou retirado da lista de exoplanetas, pois ainda aguardam novas refutações ou validações.
Existiria a chance agora em 18 de Abril do Hubble tentar observar o trânsito do exoplaneta, mas não se tem tempo suficiente para formular uma proposta e modificar a agenda de observação do Hubble, assim, essa validação terá que esperar até 8 Maio de 2019, a data do próximo trânsito.
Por isso, os métodos de análise de dados precisam sempre evoluir, para tentar acabar com essas ambiguidades e assim se ter um grau de certeza elevado da existências e ocorrência de certos fen6omenos.
Fonte:
http://www.iflscience.com/space/one-of-the-most-earthlike-worlds-weve-found-may-not-actually-exist/
https://www.scientificamerican.com/article/study-casts-doubt-on-existence-of-a-potential-earth-2-0/
Artigo:
https://arxiv.org/pdf/1803.11307.pdf
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