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24 de dezembro de 2024

Conhecendo a Lua: Plato E Alpine Valley

Duas feições bem populares, dominam essa bela imagem da Lua feita por Robert Reeves. A Cratera Plato, conhecida a três séculos atrás como Lacus Niger Major, ou o Grande Lago Negro, localiza-se a oeste, enquanto que o fascinante Alpine Valley corta as Montanhas Alpes na parte leste.

Entre 3 e 4 bilhões de anos atrás, Plato parecia com a maioria das outras grandes crateras, com um pico central e um massivo sistema de raios que se espalhava na face norte da Lua. Então, as erupções vulcânicas que formaram o mar, vagarosamente transformou a região. Os raios da Cratera Plato foram apagados e as lavas exsudaram debaixo da cratera e inundaram o seu assoalho. Outras evidências do antigo vulcanismo na região são os canais sinuosos, ou rilles, como são chamados na Lua, que descem pelos flancos leste e oeste das paredes da cratera. A alguns bilhões de anos atrás esses canais carregavam lava fluida, como se fosse um rio.

Uma curiosidade é o grande bloco de material que se partiu da parede oeste da Plato, mas que permaneceu no interior da cratera pelo preenchimento de lava. Antes da era espacial, era comum designar feições individuais na parede da cratera com uma letra grega. Apesar desse sistema não ser mais usado por um bom tempo, pela tradição nós ainda chamamos esse iceberg fraturado na parede oeste da cratera Plato de Plato Zeta.

O Alpine Valley também é uma visão maravilhosa da Lua. O canal que corta o interior do vale é considerado um bom teste da clareza telescópica quando se observa a Lua. Alguns maciços das Montanhas Alpes estrangulam o Alpine Valley em direção a um estreito desfiladeiro onde ele encontra as planícies do Mare Imbrium. O grande Chuck Wood, chama esses maciços de The Guardians.

A imagem foi feita com um telescópio Celestron de 8 polegadas com um Powermate de 2.5x e uma câmera monocromática DMK-41.

Fonte:

https://www.facebook.com/robert.reeves.7773?fref=ts

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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