A falta de atmosfera na Lua, pode lá ter seus benefícios. Por exemplo, sem uma atmosfera, existem poucos processos para degradar a paisagem. Na Terra, por exemplo, a chuva e o vento são as maiores causas da erosão, mas na Lua, essas causas estão ausentes. A erosão na Lua, se dá devido ao impacto que causa tremores e que podem demolir outras crateras durante a formação e a gravidade que puxa o material talude abaixo. No caso da cratera Lichtenberg B, a gravidade ainda não alterou a forma suave e moderada da cratera, além disso, existem poucos impactos próximos, impactos esses que também não afetaram a morfologia da cratera, já que a Lichtenberg B parece ser mais jovem do que suas crateras vizinhas. Por outro lado, a falta de atmosfera, significa que o intemperismo espacial é mais eficiente na Lua, de modo que o material ejetado durante a formação da cratera que, quando recente é altamente refletivo, escurece com o decorrer do tempo. Pelo fato do depósito de material ejetado da Lichtenberg B ainda ser brilhante, isso indica que a cratera é bem jovem.
A morfologia nítida e altamente refletiva do depósito de material ejetado, faz com que a Lichtenberg B se destaque entre as demais crateras próximas. Essa cratera muito bem preservada está localizada na parte noroeste do Platô Aristarchus, no Oceanus Procellarum, uma vasta unidade de mar pontuada com crateras de impactos e cadeias de montanhas. O depósito de material ejetado é particularmente interessante pois ele mostra uma textura com vincos, que lembram dunas. Como essas estruturas se formaram? O que faz do depósito de material ejetado da Lichtenberg B ser diferente das outras crateras que não apresentam essas estruturas parecidas com dunas? A Lichtenberg B, não está sozinha com essas características. Os cientistas observaram essas mesmas feições na Cratera Linné e estão em processo de determinar como elas se formaram.
Fonte:
http://www.lroc.asu.edu/posts/806