O Dr. Andrew Benson da CALTECH e o Dr. Nick Devereux da Universidade Embry-Riddle no Arizona, combinaram dados de infravermelho do projeto Two Micron All Sky Survey (2MASS) com um modelo computacional sofisticado desenvolvido por eles, chamado GALFORM. O modelo reproduz a história de evolução do universo por treze bilhões de anos. Para a supresa dos pesquisadores, o modelo compuaticonal não reproduz somente as diferentes formas das galáxias mas também a quantidade relativa.
“Nós ficamos surpresos que o nosso modelo podia prever tanto a abundância como a diversidade dos tipos de galáxias com tanta precisão”, diz Devereux. “Isso realmente aumenta a confiança no modelo”, diz Benson.
O modelo dos astrônomos é sustentado e endossado pelo modelo de que o universo possui uma matéria escura e fria lambda. Aqui, o lambda significa a mosteriosa energia escura, a qual acredita-se compõem 72% do cosmos, com a matéria escura e fria sendo responsável por 23%. Apenas 4% do universo é constituído da matéria visível e familiar que é responsável pelas estrelas, planetas e galáxias.
Acredita-se que as galáxias estejam enterradas em halos gigantescos de matéria escura e Benson e Devereux acreditam que isso seja crucial para a sua evolução. O modelo dos pesquisadores sugere que o número de fusões entre esses halos e suas galáxias dirigem o resultado final – galáxias elípticas são resultados de múltiplas fusões onde o disco das galáxias não é mais identificado. A forma de uma espiral barrada da nossa Via Láctea sugere que ela tenha sofrido uma complexa história de evolução, com somente colisões menores resultando em um episódio final onde o disco interno colapsa para formar a grande barra central.
Na classificação de Hubble, existem três formas básicas de galáxias: espirais, onde os braços de material são soprados para fora a partir de um pequeno bulbo central; espiral barrada, onde os braços são formados por material soprado para fora a partir de uma grande barra central e a elíptica, onde as estrelas das galáxias são distribuídas num bulbo sem a presença braços ou discos. Os diferentes tipos claramente resultam de diferentes caminhos evolucionários, que o agora o modelo de Benson e Devereux consegue explicar.
“Essas novas descobertas deixam uma clara direção para pesquisas futuras. Nosso objetivo agora é comparar o modelo de predição com observações de galáxias mais distantes vistas em imagens obtidas com o Hubble e com o Telescópio Espacial James Webb”, diz Devereux.
Os resultados da pesquisa e a fonte desse texto podem ser encontrados no artigo publicado no Journal Monthly Notices da Sociedade Astronômica Real (o artigo original encontra-se aqui).