Não tivemos fogos de artifício no Sol para saudar o Ano Novo, e somente algumas poucas flares de Classe-C, durante o último dia de 2014. Ao invés disso, o Sol começou o ano de 2015 com um enorme buraco coronal perto do seu polo sul. Essa imagem, capturada no dia 1 de Janeiro de 2015 pelo instrumento Atmospheric Imaging Assembly (AIA) do Solar Dynamics Observatory, mostra o buraco coronal como uma região escura na porção sul do Sol.
Buracos coronais são regiões da coroa onde o campo magnético atinge o espaço e não volta para a superfície solar. Partículas se movimentando ao longo desses campos magnéticos podem deixar o Sol ao invés de serem aprisionadas perto da superfície. Essas partículas aprisionadas podem se aquecer e brilhar nos presenteando com as belas imagens captadas pelo AIA. Nas partes da coroa onde as partículas deixam o Sol, o brilho é mais apagado, e assim o buraco coronal aparece escuro.
Buracos coronais foram observados pela primeira vez em imagens feitas por astronautas a bordo da Estação Espacial Skylab da NASA em 1973 e 1974. Elas podem ser vistas por muito tempo, embora a forma exata mude a todo tempo. O buraco coronal polar pode permanecer visível por cinco anos ou mais. Cada vez que um buraco coronal rotaciona ficando de frente para a Terra nós podemos medir as partículas fluindo para fora do buraco como um fluxo de alta velocidade, outra fonte do clima espacial.
Partículas carregadas nos cinturões de radiação da Terra são aceleradas quando o fluxo de alta velocidade atinge a magnetosfera da Terra. A aceleração das partículas na magnetosfera é estudada pela missão Van Allen Probes da NASA.
À medida que o Ciclo Solar 24 vai se apagando, o número de flares a cada dia se torna menor, mas os buracos coronais que são outra fonte importante do clima espacial precisam ser entendidos e previstos com maior clareza.
Fonte:
http://www.nasa.gov/content/solar-dynamics-observatory-welcomes-the-new-year/#.VKhV6IHA2rX