O modulo Philae, pouco trabalhou na superfície do cometa 67P/C-G, mas aparentemente, mesmo sendo pouco tempo, foi tempo suficiente para que ele coletasse uma grande quantidade de dados.
Nesse pequeno intervalo de tempo, o módulo encontrou moléculas orgânicas na atmosfera do cometa, e agora os cientistas identificaram o som produzido pelo módulo quando ele tocou a superfície do Churyumov-Gerasimenko.
O Philae estava equipado com sensores nos pés de suas pernas, como parte do instrumento denominado Cometary Acoustic Surface Sounding Experiment. Eles foram capaz de registrar, apenas dois segundos de áudio, mas essas vibrações forneceram aos cientistas ideias fascinantes sobre o início da missão do Philae.
“O Philae tocou uma camada de material suave, com alguns centímetros de espessura. Então, milissegundos depois, o pé do módulo encontrou um material mais duro, talvez uma camada congelada no cometa”, disse o cientista do Philae Klaus Seidensticker.
“Os dados dos sensores também mostram que o segundo pouso com o cometa depois do seu rebote, não aconteceu imediatamente – novamente confirmando o que os cientistas da missão já sabiam: o Philae sofreu um rebote na superfície do cometa e voou sobre sua superfície até que a tocasse novamente”, escreveu Feltman.
Quando o Philae sofreu o primeiro rebote, Seidensticker ficou apreensivo se algum dado teria sido adquirido. “Mas agora nós temos muito mais dados para analisar, do que nós mesmos esperávamos”, disse ele.
Escute aqui no post, como é o som de um módulo tocando a superfície de um cometa, algo inédito e que só foi capaz graças a essa incrível missão.
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