No dia 3 de Agosto de 2004, a sonda da NASA Mercury Surface, Space Environment, Geochemistry and Ranging, ou MESSENGER começou sua jornada de sete anos, espiralando pelo Sistema Solar interno até Mercúrio. Um ano depois do seu lançamento, a sonda passoi pela Terra, recebendo uma correção de órbita da gravidade da Terra e teve então a chance de testar seus instrumentos observando o nosso planeta.
A imagem acima é uma visão da América do Sul e de porções da América do Norte e da África, obtida pela câmera de grande angular do Mercury Dual Imaging a bordo da sonda MESSENGER. A câmera de grande angular registra a luz em onze diferentes comprimentos de onda, incluindo a luz visível e a luz infravermelha. Combinando os resultados obtidos com a luz azul, vermelha e verde, se consegue uma imagem em cor natural. A imagem substitui a luz azul pela luz infravermelha em uma combinação de três bandas. A imagem resultante é mais nítida que a versão em cor natural pois a nossa atmosfera dispersa a luz azul. A luz infravermelha, contudo, passa através da atmosfera com uma dispersão relativamente menor e permite uma visão mais clara. Essa substituição faz com que as plantas apareçam em vermelho, mas por que? As plantas refletem a luz do infravermelho próximo mais fortemente do que o vermelho ou o verde, e nessa combinação de bandas, a luz infravermelha foi ajustada para parecer em vermelho.
Além de se obter uma imagem mais clara, a substituição revela mais informação do que a imagem em cor natural. As plantas saudáveis refletem mais luz no infravermelho próximo do que as plantas desgastadas, assim o vermelho brilhante indica uma folhagem densa. Por essa razão os biólogos e os ecologistas ocasionalmente usam as câmeras infravermelhas para fotografarem as florestas.
Fonte:
http://www.nasa.gov/content/false-color-image-of-earth-highlights-plant-growth/#.Uxn8RfldWfg