No dia 15 de Fevereiro de 2013, Yulia Karbysheva estava dando aula para sua classe numa escola primária em Chelyabinsk, na Rússia, quando ocorreu uma explosão extremamente brilhante no céu matutino. Essa explosão ocorreu às 9:20 a.m., hora local e foi mais brilhante do que o Sol da manhã. Ela mandou seus estudantes se esconderem embaixo das carteiras. Um minuto se passou, então dois. As crianças queriam olhar pela janela, mas a senhorita Karbysheva instruiu que eles se mantivessem cobertos, e então aconteceu – uma enorme onda de choque estourou as janelas da escola. Graças às ações da senhoria Karbysheva, não ocorreram grandes ferimentos a qualquer um dos seus estudantes. Contudo, outros não tiveram a mesma sorte. Aproximadamente 1500 pessoas se machucaram gravemente com a explosão de Chelyabinsk.
Então o que explodiu nos céus de Chelyabinsk? Em meados de Fevereiro de 2013, muitos as astrônomos ficaram animados com a passagem do asteroide 2012 DA14 e com a estimativa que ele passaria perto da Terra, mais perto do que muitos satélites que orbitam o nosso planeta.
Contudo, os cientistas agora sabem que o objeto que explodiu sobre Chelyabinsk era um pequeno asteroide que não estava de maneira alguma conectado ao 2012 DA14. Coincidentemente, ele viajou ao longo de sua própria órbita de forma independente do 2012 DA14, mas não foi detectado pelos astrônomos pois estava escondido pelo brilho do Sol. O asteroide de Chelyabinsk pertencia ao grupo de asteroides Apollo, asteroides próximos da Terra que possuem órbitas que cruzam a órbita do nosso planeta. Na verdade, a Terra é que se chocou com o asteroide – é como se pensássemos que ele cruzou bem a nossa frente. Graças à obsessão russa com câmeras nos carros, o asteroide de Chelyabinsk tornou-se o evento de colisão entre a Terra e um asteroide mais bem documentado da história.
Um pequeno pedaço do asteroide de Chelyabinsk é mostrado na figura principal desse post. Ele pesa aproximadamente 7.7 gramas e tem cerca de 5 cm de diâmetro. Um corte de uma porção do meteorito é mostrado abaixo. Nesse corte pode-se ver uma feição incomum – uma inclusão amarelada. De acordo com o Dr. Alan Rubin, a inclusão é provavelmente um grande côndrulo exposto na superfície do meteorito. As linhas vermelhas podem ter sido geradas graças à crosta de fusão que penetrou o côndrulo. Alternativamente, elas poderiam ser fraturas no côndrulo que foram rapidamente alteradas ou oxidadas, produzindo quantidades menores de hematita.
Fonte:
http://epod.usra.edu/blog/2013/10/chelyabinsk-asteroid-and-meteorite.html