A imagem acima mostra uma perspectiva incomum (pelo menos para o resto do mundo ou para quem nunca decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro) do celebrado monólito conhecido como Pão-de-Açúcar no Rio de Janeiro. Ele pode ser visto em primeiro plano e se ergue a 396 metros acima do nível do mar. O Pão-de-Açúcar é composto de rocha gnaisse facoidal metamórfica, e data de uma época quando o Continente Gondwana foi formado, ou seja, a 560 milhões de anos atrás. Essa montanha muito bem conhecida, principalmente dos brasileiros, e outras próximas se erguem acima da paisagem erodida devido à sua resistência ao intemperismo. Pode-se observar que o gnaisse facoidal pode se dividir suavemente ao longo dos plano de clivagem de seus minerais componentes. Essas propriedades permitem seu uso na arquitetura detalhada da maior parte das igrejas históricas e locais da chamada Cidade Maravilhosa.
Essa foto foi feita pelo grande Mario Freitas poucos segundos depois dele deixar o aeroporto Santos Dumont. Além do Pão-de-Açúcar é possível observar na imagem acima segmentos da floresta tropical do Atlântico, as belas areias da praia de Copacabana (lado esquerdo) o Corcovado, também composto de gnaisse facoidal (mais a direita e ao fundo) que tem no seu cume a famosa estátua conhecida como Cristo Redentor, uma escultura do estilo Art Deco. Charles Darwin visitou a cidade do Rio de Janeiro em 1832 e escreveu em seu diário A Naturalist Voyage Around the World: “Nada pode ser mais impressionante do que o efeito dessas imensas massas arredondadas de rocha nua se erguendo sobre a vegetação mais exuberante”. A foto acima foi feita em 27 de Março de 2013.
Fonte:
http://epod.usra.edu/blog/2013/07/remnants-of-continental-drift-in-carioca-landscape.html