Diferente da planta venenosa que tem o mesmo nome a Trífida do Norte, ou NGC 1579, não causa nenhuma ameaça à sua visão. O nome da nebulosa é inspirado na Nebulosa Trífida, ou Messier 20, que é mais bem conhecida que essa, e que se localiza muito mais ao sul no céu e apresenta redemoinhos interessantes similares de nuvens de gás e poeira.
A Trífida do Norte, é uma grande e empoeirada região que está atualmente formando novas estrelas. Essas estrelas são muito quentes e por isso aparecem bem azuis na imagem. Durante sua curta vida elas irradiam fortemente no gás ao seu redor fazendo com que ele brilhe de forma intensa. Muitas regiões como a Trífida do Norte, conhecidas como regiões H II, possuem formas estranhas causadas pelos poderosos ventos emanados das estrelas em seu interior. As regiões H II também têm uma vida relativamente curta, formando de maneira furiosa estrelas bebês até que os fortes ventos desses objetos soprem o gás e a poeira, deixando apenas as estrelas para trás.
A imagem acima, capturada pelo Telescópio Espacial Hubble das agências espaciais NASA e ESA, mostra o brilhante corpo da nebulosa, com linhas escuras de poeira serpenteando pelo frame. A Trífida do Norte brilha fortemente devido às muitas estrelas que possui, como o jovem sistema binário EM*LkHA 101. Visível na parte inferior direita da imagem, acredita-se que esse sistema binário seja circundado por uma centenas de estrelas menos massivas e mais apagadas, gerando um recente aglomerado formado. Ele localiza-se atrás de uma nuvem de poeira tão espessa que é quase invisível aos astrônomos nos comprimentos de onda ópticos. Imagens em infravermelho têm agora penetrado esse empoeirado véu e estão descobrindo os segredos do sistema binário de estrelas que é aproximadamente cinco mil vezes mais brilhante que o nosso Sol.
Uma versão dessa imagem feita por Bruno Conti entrou no concurso de processamento de imagens conhecido como Hubble’s Hidden Treasures.
Fonte:
http://www.spacetelescope.org/images/potw1322a/