Um conjunto de gotículas, cada uma com a sua cauda cáustica, foi imageada por Andrew Kirk. Disse ele: “Quando eu puxei meu café da manhã do forno micro-ondas, existia um conjunto extraordinário de pequenas gotas no plástico do utensílio que eu estava usando”.
O Sol ainda não estava muito alto e estava brilhando ao longo da tampa de plástico. As brilhantes caudas das gotas puderam então ser observadas ao longo da superfície.
Cada gota concentra a luz do Sol formando uma cauda. Mas gotas arredondadas não significam lentes perfeitas. Os raios passam perto do centro da gota e são focados em um ponto mais distante daqueles que passam fora do centro. Essa aberração esférica é a mesma que atingiu o Hubble.
Os raios focados de forma diferente formam uma superfície cáustica ao invés de somente um ponto. As caudas brilhantes são onde a superfície cáustica intercepta a tampa de plástico. O traçamento de raios perfeitos realizados por computador mostra o que acontece. Dentro da superfície cáustica os raios se cruzam, e fora eles não se cruzam. O limite das duas regiões espacialmente diferentes é sempre uma cáustica onde os raios se aglomeram para formar um lençol de luz brilhante.
O chamado heiligenshein, ou seja, o brilho ao redor da sombra da sua cabeça na grama molhada de orvalho é produzido por essas cáusticas. Nesse caso as cáusticas caem sobre uma superfície de folhas nas proximidades, que por sua vez, dispersam a luz através da gota.
Fonte:
http://atoptics.co.uk/fz878.htm