Quase nenhuma cratera da Lua possui sua idade de formação conhecida. Nós normalmente dizemos que a cratera Copernicus tem 800 milhões de anos de idade e que a Tycho tem 108 milhões de anos, isso graças à datação muito precisa realizada a partir das amostras recolhidas pela missão Apollo. Mas o link dessas amostras com as duas crateras é somente circunstancial. Nós sabemos as idades das rochas dos mares lunares nos locais de pouso das naves da missão Apollo, e contamos o número de crateras de impacto ao redor desses locais gerando assim uma cronologia de contagem de crateras. Usando uma curva de calibração, a contagem de crateras em outros locais pode ser transformada em idades desses locais. Agora, Kirchoff e seus colegas no Southwest Research Institute no Colorado, usaram imagens feitas com a câmera da sonda LRO para contar crateras e determinar a idade para 18 grandes crateras anteriormente consideradas Copérnicas ou Erastotesianas. Com base na nitidez do anel e na existência de raios essas estão entre as crateras lunares mais jovens. Exceto, a contagem de crateras descobriu idades um pouco maiores que as esperadas. Podemos nos surpreender com a idade de 3 bilhões de anos para a cratera Theophillus. Mas seus raios são apagados e o material derretido por impacto a norte do anel da cratera é repleto de crateras e erodido. A Taruntis, que também possui raios apagados é surpreendentemente antiga com 3.8 bilhões de anos de vida, idade essa que de fato é a idade do Mare Fecundiatatis localizado ali próximo. Mas como uma cratera de assoalho fraturado, ela foi gerada quando o magma ainda estava derretido. Talvez muitas crateras sejam entre 1 e 2 bilhões mais antigas do que pensávamos. Ou talvez o processo de contagem de crateras, ou a curva de calibração não estejam corretos.
Fonte:
http://lpod.wikispaces.com/February+19%2C+2013