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23 de novembro de 2024

Uma Imagem Em Múltiplos Comprimentos de Onda da Rádio Galáxia Hercules A

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observatory_150105A imagem acima mostra uma visão em múltiplos comprimentos de onda da rádio galáxia Hercules A. Jatos espetaculares alimentados pela energia gravitacional de um buraco negro supermassivo no coração da galáxia Hercules A, ilustra o poder do imageamento combinado realizado por duas ferramentas de ponta na astronomia, o Telescópio Espacial Hubble  com sua Wide Field Camera 3, e o recém-atualizado rádio telescópio Karl G. Jansky Vry Large Array, ou VLA, no Novo México. Localizada a dois bilhões de anos-luz de distância, a galáxia elíptica amarelada no centro da imagem parece bem ordinária como vista pelo Hubble no comprimento de onda da luz visível. A galáxia é aproximadamente 1000 vezes mais massiva que a Via Láctea e abriga um buraco negro central com uma massa igual a 2.5 bilhões de vezes a massa do Sol, que é por sua vez 1000 vezes mais massivo do que o buraco negro localizado no centro da Via Láctea. Mas a galáxia de aparência inócua, também conhecida como 3C 348, tem por muito tempo sido conhecida como o objeto mais brilhante na emissão de ondas de rádio na constelação de Hercules.

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Emitindo aproximadamente um bilhão de vezes mais potência no comprimento de onda de rádio do que o Sol, a galáxia é uma das fontes de rádio extragaláctica mais brilhante em todo o céu. Os dados de rádio do VLA, revelam jatos enormes e invisíveis opticamente, que têm um milhão e meio de anos-luz de largura e fazem com que a galáxia visível de onde eles emergem pareça um anão. Os jatos são correntes de plasma de energia muito alta, de partículas subatômicas e campos magnéticos atirados aproximadamente à velocidade da luz da vizinhança do buraco negro. As porções externas de ambos os jatos mostram uma estrutura de anel incomum, sugerindo uma história de múltiplas explosões do buraco negro supermassivo no centro da galáxia. As partes mais internas dos jatos não são visíveis devido à extrema velocidade do material, que gera efeitos relativísticos que manda a luz para longe de nós. Longe da galáxia, os jatos tornam-se instáveis e se quebram em anéis e filamentos. (NASA, ESA, S. Baum e C. O´Dea (RIT), R. Perley e W. Cotton (NRAO/AUI/NSF) e a equipe Hubble Heritage Team, STScI/AURA)

Fonte:

http://www.theatlantic.com/infocus/2012/11/2012-hubble-space-telescope-advent-calendar/100415/#img10

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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