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23 de novembro de 2024

A Nebulosa Planetária PK 164 +31.1

A imagem acima mostra o que o nosso Sol se tornará? Bem possivelmente sim. A bolha de gás em expansão mostrada acima é a nebulosa planetária conhecida como PK 164 +31.1, ou seja, a parte remanescente da atmosfera de uma estrela parecida com o Sol que expeliu essas camadas externas enquanto depletava o seu combustível interno de hidrogênio responsável pela fusão que a sustenta. Visível perto do centro da nebulosa está o que lembra o núcleo propriamente dito da estrela, uma estrela quente e azul conhecida como anã branca. Essa nebulosa planetária particularmente fotogênica mostra intrigantes conchas de gás provavelmente expelidas em diferentes épocas enquanto a estrela caminhava para o fim de sua vida, e cuja a estrutura ainda não é muito bem entendida. Essa imagem profunda da PK 164 +31.1, foi feita pelo Observatório de Calar alto na Espanha e mostra como muitas outras estrelas da nossa própria galáxia  bem como algumas outras galáxias mais distantes. A PK 164 +31.1, também conhecida como Jones-Emberson 1, localiza-se a aproximadamente 1600 anos-luz de distância da Terra na direção da constelação do gato selvagem, Lynx. Devido a ser muito apagada, magnitude 17 e devido também à seu baixo brilho superficial, o objeto só pode ser visível com bons telescópios. Embora a nebulosa em expansão irá se apagar nos próximos milhares de anos, a anã branca central pode sobreviver por bilhões de anos, até quando provavelmente o universo em que vivemos será um lugar muito diferente.

Fonte:

http://asterisk.apod.com/viewtopic.php?f=9&t=29894

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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