Muitas pessoas talvez olhem para a Lua e pensam, para que vou me interessar por ela, ela é um mundo conhecido, não existe nada de novo ali. Bem, em parte essas pessoas tem razão, por exemplo, sobre alguns pequenos impactos não existe nada de novo mesmo, são raramente vistos pelos astrônomos amadores e não deixam nenhuma cratera detectável como marca, mas a Lua deve ser vista literalmente por outros olhos. A Lua é como um livro de história, você olha para as crateras de impacto, os vales formados, os canais, e os domos vulcânicos e começa a pensar em que ordem essas feições se formaram, o que existia antes. Você sabe ou deduz, que a cratera Tycho deve ser uma das crateras de impacto mais recentes da Lua, então você olha um pouco mais e vê a Gassendi, e a Vitello, que definitivamente são mais velhas e inundadas por lava. E quando você olha as planícies de lava do Mare Humorum você imagina os antigos impactos que deram origem a grande maioria das feições que se formaram no lado visível da Lua, que fizeram com que os primeiros observadores do nosso satélite acreditassem que havia água na Lua. Na verdade atualmente não existem grandes impactos ocorrendo na Lua, como os impactos recentes que são observados em outros astros (como o observado em Júpiter na semana passada), mas, por outro lado, a Lua apresenta as cicatrizes de cada um dos impactos do último bilhão de anos, assim de alguma forma isso nos diz muito mais sobre a formação do nosso Sistema Solar, do que qualquer outro planeta gigante gasoso dinâmico, ou até mesmo mais do que planetas como a Terra, Vênus e Marte. Além do mais é muito legal fazer imagens da Lua e olhar através de uma ocular e ver lá aquele belo disco, que conta um pouco da história espacial.
Fonte:
http://lpod.wikispaces.com/September+16%2C+2012