As belas imagens acima mostram os canais Triesnecker e Hyginus, na Lua e apresentam claramente o que acontece com a visualização de feições lunares à medida que o tempo passa. As imagens acima têm um dia de diferença. A diferença marcante entre as duas imagens, é que na imagem da direita a região está completamente mergulhada na luz do Sol que invade as feições. Esa regão da Lua chama a atenção dos observadores desde os anos de 1800. E no ano de 1895 podemos encontrar uma descrição feita por Thommas Gwyn Eiger, que é transcrita a seguir. Triesnecker, além de ser o centro de um dos mais impressionantes sistemas de canais na Lua, essa planície de anel, apesar de só ter 14 milhas de diâmetro, é um objeto especial e que deve ser observado com carinho, podendo ser facilmente estudado em qualquer fase do nosso satélite. Ao nascer do Sol, e por algum tempo depois disso, a altitude superior da seção NE da parede, uma considerável porção da borda no N e NW é marcada pela sua sombra, que para nós parece destruir a sua continuidade.”. Sobre Hygnus, Eiger escreveu: “Uma depressão profunda, um pouco menos de 4 milhas de diâmetro, com um anel baixo de altitude variada, tendo uma cratera na sua borda N. Essa formação é impressionante devido a grande fenda que a atravessa, descoberta por Schroter em 1788. As partes mais largas deste objeto são facilmente visíveis em pequenos telescópios e podem ser notadas sob condições sutis com um acromático de 2 polegadas”. As imagens acima, logicamente são muito modernas e mostram detalhes impressionantes. Mas o que mais nos impressiona lendo as descrições é como observadores antigos com uma tecnologia muito mais limitada conseguiam descrever com tanta propriedade as feições encontradas no solo lunar, isso se deve logicamente ao grande conhecimento deles sobre astronomia e também sobre geologia planetária. O ideal seria juntar as imagens de altíssima definição e qualidade feitas hoje, com o conhecimento extraordinário do passado.
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