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23 de novembro de 2024

A Colisão da Galáxia Espiral NGC 4038

Pode-se  dizer que a galáxia acima está tendo um milênio muito ruim. De fato, os últimos 100 milhões de anos na história dela não têm sido lá muito bons, e provavelmente o próximo bilhão de anos continuará sendo bem tumultuado. Visível na parte superior esquerda, a NGC 4038 que era uma galáxia espiral normal, cumpriu bem seu papel até que a NGC 4039, em direção à direita se chocou com ela. O envolvimento entre as duas galáxias, nessa bela fusão mostrada acima, gerou o que conhecemos hoje como As Antenas. Como a gravidade faz seu trabalho de reestruturar cada uma das galáxias, nuvens de gás se fundem, brilhantes nós azuis de estrelas se formam, massivas estrelas se formam e explodem, e filamentos marrons de poeira também compõem a imagem. Eventualmente, as duas galáxias se fundiram de forma definitiva formando uma galáxia espiral bem maior que as duas. Esse tipo de colisão não é algo fora do comum, e até mesmo a nossa Via Láctea passou por algum tipo desse contato imediato com outra galáxia e está em rota de choque com a galáxia vizinha de Andrômeda, num encontro marcado e que deve acontecer em alguns bilhões de anos. As imagens que montam esse belo mosaico foram feitas pelo Telescópio Espacial Hubble em órbita da Terra e ajudam os astrônomos a melhor entender o processo de colisão galáctica. Essas imagens, e muitas outras imagens sensacionais feitas pelo Hubble já estão públicas, e muitas delas são publicadas aqui no Blog CIENCTEC permitindo que cada vez mais pessoas tenham acesso às maravilhas do universo.

Fonte:

http://apod.nasa.gov/apod/ap120812.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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