Observada da Terra, uma imagem feita por um telescópio, como a mostrada no destaque da imagem acima já seria algo excelente e surpreendente. Agora, porém, com a sonda LRO observando as feições lunares tanto de cima como de lado, com um determinado ângulo, nós podemos investigar as feições na Lua melhor do que nunca antes foi feito. A visão de leste da imagem grande foi feita ao longo da Falha Cauchy, com a cratera de 6 km Cauchy B estando logo abaixo da letra Y na marca Rupes Cauchy no detalhe. Essa falha parece ser mais suave e menos íngreme do que a famosa Straight Wall, sugerindo que a Falha Cauchy possa ser mais velha, embora seja muito difícil datar as falhas. No site oficial da sonda LRO na internet o geólogo Jeff Plescia disse que a falha tem aproximadamente 300 metros de altura com um talude de inclinação media de 15?. Duas coisas são interessantes de se ver aqui e aparecem bem ilustrada. Primeiro, na parte inferior esquerda da falha existe uma mudança em um canal, ou como dizem os geólogos, um graben. A transformação é um pouco confusa, com uma depressão rasa no pé da escarpa, como ocorre em outros lugares na frente de uma falha, desaparecendo por um quilômetro ou dois e então tornando-se mais profunda. Esse segmento transicional corta um pequeno canal que está afastado, com outro segmento perto do canto inferior direito. A falha também se transforma num canal na parte terminal leste. A segunda coisa que fascina nessa imagem são as cunhas de material que ocorrem na parte superior direita e acima da cratera Cauchy B. A seção mostrada na imagem acima traça o topo da cunha da direita para esquerda. A cunha sofre uma distorção desde o nível do mar lunar até uma altura de aproximadamente 60 metros e então cai num vale, visível na imagem grande, de onde nasce a escarpa de falha.
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