O Telescópio Espacial Hubble, desde que foi lançado observou poucas vezes a Lua, mas essa semana durante o trânsito de Vênus ele a observou bastante. A proposta dessas observações foi ver se a atmosfera de Vênus poderia ser detecta na Lua subtraindo uma imagem normal da Lua fora do trânsito de uma no momento do trânsito. E por que fazer tal exercício? A resposta, é simples, a ideia está no fato de que essa técnica é usada para tentar descobrir atmosferas localizadas ao redor de exoplanetas que circulam estrelas distantes. A Lua reflete a luz do Sol menos um pequeno pedaço do planeta em trânsito mais a sua atmosfera, e essa é uma tentativa de ver se essa técnica funciona de verdade, usando para isso um planeta que conhecemos tem uma atmosfera. Além dos resultados esse foi um momento utilizado pelos cientistas para obter mais imagens da Lua com o Hubble, imagens como essa mostrada acima, obtida seis meses atrás. Na imagem acima existem algumas pequenas feições de albedo que podem ter um interesse maior. Por exemplo, podemos notar alguns pequenos jatos brilhantes um pouco ao norte da parte norte da crista do anel. Esses depósitos lineares são escondidos pelo material escuro derretido no momento do impacto que formou as crateras. De forma interessante, pode-se notar algumas concentrações de material escuro derretido a leste da cratera Tycho, além de se poder ver belos exemplos de raios ainda expostos a oeste. PArece que a superfície foi varrida por fragmentos brilhantes dos raios. Observando essa imagem surge a seguinte questão: São as linhas escuras entre os raios brilhantes material derretido ou simplesmente terras altas que são escuras só por que estão sendo comparadas com os raios?
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