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25 de novembro de 2024

Uma Região Não Muito Tranquila da Lua

Alguns não pensam sobre a parte um pouco a norte do Oceanus Procellarum como sendo uma zona rica em feições vulcânicas. A maior feição vulcânica é a massiva coleção de domos Rümker. A imagem acima com iluminação baixa enfatiza que os domos estejam aglomerados em direção ao sul e a oeste e de fato existe um local plano deslocado do centro. O anel parcial dos domos ao redor do ponto baixo é provavelmente  por que acredita-se que a cratera Rümker foi arruinada 80 anos atrás. Se movendo para leste, perto da borda dos detritos ejetados além da cratera Sinus Iridum é o longo e meandrante Marian Rille. Essa ranhura é melhor definida perto da parte terminal sul, e na parte terminal norte no topo da imagem. Claro que anteriormente não se pensava que as ranhuras ao norte e ao sul fossem conectadas, assim a ranhura a norte foi chamada de Sharp Rille. Na metade do caminho ao longo da ranhura está o lado íngreme e a cratera tampada do vulcão de 775 metros de altura, conhecido como Mairan T. Enquanto isso pode-se notar que  nessa área existe uma área na forma de um V invertido de lava escura que se estende entre a Rümker e o material ejetado a leste. Essa é uma lava mais jovem que foi colocada ali pelo fluxo de lava que se moveu para baixo nas ranhuras Sharp-Mairan. As lavas a oeste são mais velhas, escavadas e brilhantes. Uma aglomeração de feições vulcânicas existe na parte terminal sul da península de material ejetado. Os mais proeminentes são os domos de Gruithuisen que são feitos de lava viscosa. Na parte terminal sul da península está a apagada ranhura que parece um entrelaçado de colinas e de cavidades colapsadas. Você pode ver a grande e curva área de abertura que foi a fonte dessa estranha feição. A última feição vulcânica nessa área é uma cratera a leste da ranhura que tem uma idade próxima da península e do mar. Imagens feitas pela missão Apollo mostram que essa estranha cratera concêntrica com colinas ao redor preenche a lacuna entre os anéis externos e internos. Uma questão real é por que existe tanto vulcanismo numa área tão pequena da Lua, num canto anteriormente considerado tranquilo?

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/March+14%2C+2012

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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