Fixe sua câmera num tripé, aponte-a para o céu e dispare, com um determinado tempo de exposição você conseguirá registrar os graciosos rastros deixados pelas estrelas no céu à medida que a Terra gira em torno de seu eixo. Se o seu tripé e a sua câmera estiverem no Observatório de La Silla do ESO, no topo das montanhas do deserto de Atacama no Chile, os rastros deixados pelas estrelas na sua câmera parecerão com a imagem mostrada acima. Essa imagem foi feita com um tempo de exposição de 4 horas durante a noite do dia 24 de Janeiro de 2012, na verdade, a imagem acima é composta de 250 imagens consecutivas de 1 minuto de exposição cada uma, com a câmera apontada para o norte. O Polo Celeste Norte, que fica no centro dos arcos gerados pelos rastros das estrelas está abaixo do horizonte, quando observado do hemisfério sul. O que se pode ver do Chile é o Polo Celeste Sul, mas onde estaria esse ponto na imagem acima? Para conseguir isso, a câmera foi apontada para o centro do prato de 15 metros de diâmetro que aparece em primeiro plano na imagem acima, esse disco pertence à antena do Telescópio Submilimétrico Sueco do ESO, que atualmente encontra-se fora de funcionamento, no disco podemos ver por reflexão os rastros das estrelas girando ao redor do Polo Celeste Sul. Varrendo o Polo Celeste Sul, o arco distorcido dessas estrelas parecem estar abaixo do horizonte sul nessa imagem com foco invertido. À direita do disco está o domo do telescópio de 3.6 metros do Observatório de La Silla, esse domo abriga o espectrógrafo HARPS responsável por caçar exoplanetas. O vídeo abaixo mostra um rápido passeio pelo Observatório de La Silla no Chile.
Fonte:
http://apod.nasa.gov/apod/ap120202.html