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24 de novembro de 2024

Descrevendo e Entendendo as Cadeias de Mares na Lua


Existe um tipo de falha na Lua que é muito comum, mesmo assim dezenas delas sequer têm nomes, mas sua origem não é percebida pelos observadores. A essas feições se dá o nome de cadeias de mares, que é o nome usado para chamar as cadeias de dobras. Essa feição na Lua se caracteriza por ser uma cadeia baixa com poucas dezenas ou centenas de metros de altura, e que serpenteiam os mares por centenas de quilômetros. O exemplo mais famoso desse tipo de feição é a chamada Cadeia Serpentine localizada na parte leste do Mare Serenitatis. Cadeias de mares como a Serpentine são falhas de baixo ângulo que rearranjam espessos depósitos de lavas de mares. Após as lavas terem esfriado e solidificado, as bacias que receberam tal aporte sofrem subducção devido ao peso dos mares, o faturamento forma canais concêntricos em volta da borda. Um tipo diferente de acomodação foi necessária para que um depósito pesado e cônico de lava se ajustasse dentro de um volume menor do interior da bacia. Essa subsidência fez com partes da lava se fraturasse e escorregasse sobre pedaços adjacentes.  Os blocos de mares se duplicaram ao longo dessas cadeias para acomodar o seu diâmetro reduzido. Muitas cadeias de mares concêntricas estão ao longo dos mesmos círculos  como picos isolados que marcam os anéis internos enterrados das bacias, sugerindo que as montanhas enterradas ancorassem as falhas.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/January+16%2C+2012


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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