Uma cratera é uma cratera em qualquer lugar. Um mundo sem ar é um mundo sem ar. Bem, quase isso, mas não exatamente isso. A sonda MESSENGER da NASA está descobrindo todos os tipos de estranhezas inesperadas em Mercúrio, feições essas, parecidas, mas não exatamente iguais a feições encontradas na Lua. A estranha cratera Mena, é uma cratera de 15 km de largura que é jovem o suficiente para reter grandes detalhes de seu sistema de raios. Ela se formou exatamente sobre o anel de uma cratera pré-existente o que pode ser confirmado pelo fato de que o lado da cratera Mena tem um anel mais baixo e até mesmo o seu material ejetado ser inclinado nessa direção. Já a distribuição dos raios com uma zona bem definida de exclusão implica que a Mena foi formada por um impacto oblíquo com o projétil vindo de sudoeste. Mas as duas bordas da zona de exclusão não se interceptam na cratera, onde normalmente acontece essa interseção em todas ou quase todas crateras oblíquas. O padrão do material ejetado é bem diferente para oeste da cratera Mena, onde os raios são mais largos se comparados com o lado oposto onde eles são mais estreitos, menos espaçados e cobertos. Finalmente o material amarelo ejetado é muito forte um pouco a oeste da cratera mas parece ser mais penetrante nos raios leste do que os do oeste. Esse padrão de distribuição do material ejetado é bem bizarro, e quando finalmente entendido, ele ajudará com o entendimento sobre os mecanismos de ejeção de material nas crateras da Lua e de Mercúrio.
Fonte:
https://lpod.wikispaces.com/December+29%2C+2011