Toda vez que alguém aponta um telescópio para a Lua, existe a possibilidade de se descobrir algo novo tamanha é a complexidade do nosso satélite. Isso acontece, por exemplo, com os canais lunares. Logicamente que esse é um exercício de paciência, pois o ideal é observar esses canais de diferentes ângulos de iluminação. No caso da imagem acima, ela mostra um vale raso que corre aproximadamente perpendicular à feição da Lua conhecida como Straight Wall e que embora já tenha sido observado antes é sempre inesperado poder visualizá-lo. O astrônomo amador autor dessa imagem usou um programa de processamento de imagens para determinar o comprimento do canal em 31 km, isso para o segmento principal. Esse segmento principal é determinado por poucas depressões mais largas que se estendem para nordeste e que podem ser segmentos do canal ou apenas crateras secundárias que estão alinhadas de maneira a confundir o observador. Porém, como nesse caso esse canal já foi bastante observado pôde-se definir essa feição, mesmo, como canal e não como crateras secundárias. Geologicamente falando, essa depressão na Lua, possui componentes estruturais para ser definida como canal e não foi apenas um canal de lava. O fato do canal ser raso resulta da sua orientação quase que leste-oeste de modo que a sombra o enfatiza de forma melhor. Essa pouca profundidade desse canal pode também ser causada devido ao fato de não haver nenhuma pista da continuação do canal no lado oeste da Straight Wall, talvez fluxos mais intensos ocorreram ali. Imagens com outras iluminações, por exemplo, com o Sol mais baixo nessa região e mesmo imagens de alta resolução de sondas como a LRO, estão revelando mais canais estreitos e rasos do geralmente são conhecidos, mostrando que o que estamos vendo na Lua são apenas os eventos mais recentes de sua história. Muitos outros canais e domos e crateras estão enterrados sob os mares de lavas e perdidos para sempre.
Fonte:
https://lpod.wikispaces.com/December+18%2C+2011