Não, não havia uma pirâmide entre o observador que fez a imagem acima e a Lua. Entre os esforços para registrar uma imagem bem calibrada do limbo da Lua inclui a necessidade de se fazer inúmeras imagens centradas no limbo da Lua, e assim aparece a pirâmide, que é uma área que não está no limbo da Lua. Esta imagem mostra um ponto de vista de metade do caminho através da bacia de impacto e do mar mais antigo da Lua. O Mar Australe é uma coleção de crateras preenchidas com material de mar e com pontos baixos com aproximadamente 880 quilômetros de largura. Esta é uma bacia sem anéis de montanha circulares para defini-la, e assim foi reconhecida há 40 anos, logo que as imagens de uma sonda que cobria essa região, mostraram a parte sudeste do limbo. Dados iniciais de medições de altimetria sugere que o Mar Australe foi uma depressão, com uma profundidade mais baixa no centro de aproximadamente 2 km com relação às bordas. Existe ali também a presença de uma anomalia de gravidade, gerada por uma concentração de massa em excesso que tem sido modelada como sendo causada pela ascensão de material do manto, bem como pela presença de lava na superfície. A interpretação é que a Bacia Australe é muito antiga, tendo se formado quando a crosta da Lua era tão quente que os anéis de montanha não poderiam se sustentar e por isso entraram em subducção. Neste ponto, a Bacia Australe é semelhante à Bacia Aitken do Polo Sul, que mantém alguma parte de sua borda, mas no geral grande parte sofreu também subducção. Um comentário final – os retalhos de lava de mar no interior da cratera Humboldt, provavelmente, estão ligados à proximidade dessa região com profundas fraturas crustal associadas com a Bacia Australe.
Fonte:
https://lpod.wikispaces.com/November+3%2C+2011