fbpx
22 de novembro de 2024

Sonda Dawn da NASA Faz Imagem Colorida do Asteroide Vesta


Essas imagens compostas do asteroide Vesta feitas pela câmera de enquadramento da sonda Dawn, mostram a espetacular diversidade espectral da superfície do asteroide. A câmera de enquadramento possui 7 filtros coloridos sendo que cada um permite que o Vesta seja imageado em um número diferente de comprimentos de onda da luz. A capacidade de imagear um objeto em muitos comprimentos de onda melhora a definição de feições e as cores que eram até então não distinguíveis aos olhos humanos.

A imagem da esquerda mostra uma imagem composta em RGB do asteroide Vesta. O código RGB significa vermelho (red), verde (grei) e azul (bule) e neste caso a cor vermelha foi assimilada com o filtro de 750 nm, a verde com o filtro de 920 nm e a azul com o filtro de 980 nm. A sigla nm significa nanômetros e é a medida que é usada para determinar o comprimento de onda da luz. Assim as imagens dos três filtros foram combinadas nessa visão RGB, que melhora consideravelmente a coloração do asteroide Vesta.

A imagem da direita também é uma imagem RGB, só que dessa vez a cor vermelha representa a razão de brilho no comprimento de onda de 750 nm pelo comprimento de onda de 440 nm; a cor verde é usada para a razão de brilho entre 750 nm e 920 nm e a azul para a razão de brilho entre 440 nm e 750 nm. Essas razões foram escolhidas devido ao seu significado científico. A cor verde mostra a intensidade relativa de uma característica mineralógica particular, a absorção do ferro, em 1000 nm de modo que quanto mais verde significa uma maior intensidade relativa dessa banda. A mistura entre vermelho e azul destaca o intervalo de cor observado pelo olho humano.

A sonda Dawn da NASA obteve essas imagens do Vesta com sua câmera de enquadramento no dia 11 de Agosto de 2011. Essas imagens foram agrupadas a partir das imagens obtidas separadamente com cada filtro. A distância da sonda Dawn até a superfície do asteroide Vesta no momento de registro das imagens era de 2740 km e a resolução das imagens é de aproximadamente 250 metros por pixel.

Fonte:

http://photojournal.jpl.nasa.gov/catalog/PIA14964


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

Veja todos os posts

Arquivo