Quando a sonda Mariner 10 passou por Mercúrio em 1974 uma paisagem parecida com aquela encontrada na Lua foi revelada com crateras de impacto e planícies suaves. Como esperado em Mercúrio, devido a gravidade muito maior se comparado com a Lua, as crateras secundárias não se estendiam a grandes distâncias das crateras primárias. Em 2008, a sonda MESSENGER realizou seu segundo sobrevoo por Mercúrio e na época novas partes do planeta foram imageadas pela primeira vez, sob condições de iluminação com o Sol alto com relação ao horizonte. A imagem acima, é uma imagem daquela época, 2008, um ano importante para mim também pois marcou o nascimento do meu primeiro filho que hoje completa 3 anos. Na imagem acima pode-se ver um grande número de crateras de impacto brilhantes, envolvidas por halos brilhantes, e expelindo longos rastros de raios. A cratera localizada próxima do centro da imagem é a cratera Kuiper, descoberta durante os voos da Mariner em Mercúrio, mas a maior parte das crateras com raios em Mercúrio são descobertas recentes. Uma delas, perto da parte superior da imagem é bem marcante pois o comprimento de seus raios parecem ocupar aproximadamente ¼ da circunferência do planeta. Os cientistas da MESSENGER já medem o comprimento desses raios e de outras feições com detalhe, e ao que tudo indica eles são bem maiores do que se pensava antes devido a gravidade mais elevada do planeta. Mas as vezes também pode ser que não haja problema algum com isso, talvez eles estão em escala completamente de acordo com a gravidade. Se nós aprendermos algo de novo sobre os raios aqui, poderemos aplicar esse conhecimento na Lua? Essa é uma questão a ser discutida, embora os dois corpos se pareçam muito, pelo menos visualmente, eles possuem diferenças importantes que podem ser cruciais na formação de determinadas feições.
Fonte:
https://lpod.wikispaces.com/October+8%2C+2008