Os terrenos antigos e altos da Lua são muito povoados com crateras tanto grandes como pequenas. Em contraste, os mares da Lua possuem poucas crateras esparsas, sendo que a maioria dessas crateras são pequenas. Essa é uma evidência de que a taxa de formação de crateras foi muito alta no início da história da Lua e declinou muito com o tempo, por exemplo, quando os mares se formaram entre 3.5 e 3 bilhões de anos atrás. Mas de onde os projéteis vem para gerar essas crateras? Bob Strom e seus colegas no Lunar and Planetary LAb em Tucson contaram o número de crateras de diferentes tamanhos que têm aparência velha (a linha vermelha no gráfico acima, nas terras altas da Lua) e as com aparências mais novas (linha azul – crateras da Lua de classe 1). No eixo horizontal do gráfico apresentado acima está o diâmetro das crateras contadas e no eixo vertical está a abundância relativa de cada grupo de diâmetros. A linha vermelha é mais alta no gráfico do que a linha azul, confirmando graficamente o que os nossos olhos nos dizem, ou seja, que existem muito mais cratera antigas do que jovens em cada intervalo de diâmetro analisado. Mas as formas das duas distribuições são diferentes. Para as crateras jovens a distribuição relativa é aproximadamente plana, mas as crateras velhas possuem colinas e picos. Strom e seus colegas descobriram que a distribuição dos diâmetros dos asteróides têm a mesma forma da linha vermelha. Isso significa que as antigas crateras da Lua foram produzidas por materiais de todos os tamanhos provenientes do cinturão principal de asteroides. A forma da linha azul se ajusta com a distribuição de diâmetros de asteroides que se aproximaram da Terra. Esses são fragmentos de asteroides que são ejetados de forma selecionada do cinturão principal de asteroides, e devido ao efeito da radiação solar, Efeito Yarkovsky existem muito mais pequenos pedaços do que grandes. De forma interessante, as crateras antigas em todos os planetas internos do Sistema Solar possuem uma distribuição similar àquela encontrada nas terras altas da Lua, e as crateras mais jovens possuem forma similar às crateras da Lua de classe 1. Isso significa que todo o Sistema Solar interno sofreu impactos que formaram crateras pelo mesmo processo e da mesma região de origem e ainda mais, no mesmo período de tempo.
Fonte:
http://www.lpod.org/?m=20060221